O Acerto é um projeto idealizado pelo Professor Doutor José Eduardo de Aguilar, da Universidade Federal de Mato Grosso, que iniciou em 2005 com o propósito de discutir ações multidisciplinares relacionadas aos cuidados perioperatórios.
Realizando anualmente, este ano, o simpósio trouxe atualizações importantes sobre a área de cirurgia, principalmente relacionada a pandemia de Covid-19.
A conferência de abertura foi apresentada pelo Doutor Pedro Portari, da Escola de Medicina e Cirurgia UniRIO que trouxe um assunto de grande interesse para todos nós: cirurgia em tempos de COVID – como o protocolo acerto pode ajudar?
Ele iniciou sua apresentação reforçando que cirurgias de grande porte têm alto risco de mortalidade, custo elevado e que os protocolocos de cuidados perioperatórios têm o objetivo de reduzir a mortalidade, aumentar a qualidade do atendimento aos pacientes e, consequentemente, gerar segurança dentro das cirurgias.
Sobre a Covid, Dr Pedro nos lembra que, no início de 2020, havia pouco conhecimento sobre o vírus, suas consequências para pacientes cirúrgicos e, também, uma grande preocupação com a sobrecarga dos serviços de saúde, por isso, mundialmente, houve o cancelamento ou adiamento de aproximadamente 28 milhões de cirurgias eletivas, sendo realizadas naquele momento apenas cirurgias de emergência.
No entanto, havia também uma grande dúvida: será que entre os pacientes que tiveram suas cirurgias adiadas, a mortalidade iria aumentar?
Rapidamente estudos surgiram mostrando que sim, aqueles pacientes que chegavam ao hospital para cirurgias de emergência, após o adiamento de suas cirurgias eletivas, tinham maior mortalidade, muitas vezes também relacionada a contaminação por covid.
Ao longo da aula, Dr Pedro apresentou diversos estudos sobre o impacto da pandemia nas taxas de mortalidade dos doentes, além de estudos demonstrando que a implantação de protocolos de cuidados perioperatórios, como o protocolo ERAS, resultava em cirurgias com menos complicações e menor mortalidade, o que estimulou a retomada das cirurgias.
Nessa retomada, foi necessária a adoção de alguns protocolos e, como era esperado, notou-se que os pacientes chegavam mais graves, pois não só as cirurgias haviam sido adiadas, mas também o início de muitos tratamentos, aumentando morbidade, mortalidade e intratabilidade dos doentes.
Assista ao vídeo e veja quais foram os grupos de doentes mais impactados e porquê os protocolos de cuidados perioperatórios foram valorizados durante a pandemia.
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