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Uso excessivo de mídias digitais está associado à má alimentação de adolescentes

Resultados de um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition demonstram uma relação entre o tempo de utilização de mídias de tela e a ingestão de alimentos e bebidas de baixa qualidade nutricional, frequentemente veiculados nas mídias digitais.
 
Trata-se de um estudo tipo coorte com uma amostra composta por 4.604 meninas e 3.668 meninos com idade entre 9 e 15 anos que foram acompanhados por um período de 2 anos. Através de questionários previamente validados para a população adolescente, que foram preenchidos pelos participantes do estudo, os autores avaliaram as relações longitudinais entre o tempo de utilização de mídias de tela (televisão, jogos eletrônicos, DVDs) e mudança no consumo de alimentos de baixa qualidade nutricional (ABQN) que são comumente anunciados nessas mídias (bebidas açucaradas, fast-foods, doces, salgadinhos) e baixa ingestão de frutas e hortaliças.
 
Cada aumento nas horas por dia na televisão, jogos eletrônicos e DVDs foi associado com o aumento na ingestão de ABQN total (que é a soma de todos esses alimentos; variação: 0,10-0,28 porções/dia, p < 0,05), com o aumento da ingestão de bebidas açucaradas, fast-foods, doces e salgadinhos (variação: 0,02-0,06 porções/dia; p < 0,001) e com a diminuição do consumo de frutas e hortaliças (intervalo: 20,05-20,02 porções/dia, p <0,05). 
 
“Os resultados desse estudo fornecem evidências adicionais de que o marketing de alimentos pode mediar ligações entre tempo de utilização das mídias de tela, dieta e adiposidade. Consequentemente, essas mídias poderiam ser menos obesogênicas, por isso poderiam reduzir a quantidade de marketing de produtos não saudáveis voltados para a juventude”, afirmam os autores.
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