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Volume e conteúdo calórico das refeições pode explicar a epidemia da obesidade

Prato com muita comida

Pesquisadores mensuraram o valor calórico de refeições pedidas frequentemente em restaurantes e fast foods do Brasil, China, Finlandia, Gana e India e compararam estes valores com resultados americanos. Foi avaliado o conteúdo energético de 233 refeições populares adquiridas em 111 restaurantes e fast foods.

Os autores encontraram uma média calórica entre todos os países de 1317kcal em refeições completas de restaurantes e 809 kcal em refeições de fast foods. Houve associação positiva significativa entre peso da refeição e seu conteúdo calórico (p<0,001). No Brasil, China e nos EUA o valor calórico total das refeições fast food foram menores que o valor calórico de refeições completas de restaurantes (p=0,03; p<0,001; p<0,001; respectivamente). Somente a China teve refeições com menor densidade energética que os EUA, tanto em fast foods (<44%; p<0,001) quanto em refeições completas (<21%; p=0,009)

94% das refeições completas e 72% das refeições de fast food continham pelo menos 600 kcal. Assim, exceto na China, uma refeição forneceria 70% a 120% das necessidades diárias recomendadas para uma mulher sedentária.

Com isso, os autores concluíram que o conteúdo energético de refeições do Brasil e outros países não diferem dos valores americanos, e sugerem que o elevado teor energético das refeições preparadas fora de casa em geral, ao invés de fast food especificamente, pode ser um importante contribuinte para a epidemia global de obesidade e uma meta potencialmente impactante para as intervenções públicas de saúde.

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