Ao chegarmos na terceira idade, percebemos o quanto o corpo precisa de vitaminas e minerais para cumprir as necessidades diárias. Dentre os mais importantes, é possível citar o ácido fólico e a vitamina B12 para os idosos, que podem até mesmo ser suplementados por recomendação de um nutricionista.
Um estudo publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition por pesquisadores australianos evidenciou que a suplementação de ácido fólico com 400 mcg/dia associada com 100 mcg de vitamina B12/dia pode promover a melhoria no funcionamento cognitivo de idosos.
O teste foi feito durante dois anos, e após esse período, o desempenho da memória imediata e tardia em idosos com sintomas depressivos teve mudanças positivas. De acordo com os cientistas, a combinação, em longo prazo, pode ser uma estratégia viável para reduzir o risco de declínio cognitivo em idosos, e é uma intervenção nutricional que não tem um alto custo aos pacientes.
Ácido fólico e vitamina B12 para idosos: objetivos que se complementam
Para a nutricionista e tutora do Ganep Educação, Natália Lopes, ambos os nutrientes são essenciais por desempenharem funções diferentes no organismo:
“O ácido fólico pode ter participação em alguns processos neurológicos, como o metabolismo de triptofano e na síntese de ácidos graxos poli-insaturados, além de sua deficiência estar envolvida ao dano do envelhecimento acelerado do cérebro. Isso faz aumentar o risco de depressão, demências e doença de Alzheimer.”
Já a vitamina B12 pode ser necessária para pacientes com doença de Parkinson, em tratamento com L-dopa, que podem vir a apresentar deficiência desse nutriente, aumentando o risco de anemia perniciosa (quando os glóbulos vermelhos do sangue já não mais absorvem a vitamina B12) e os sintomas neurodegenerativos.
Ainda assim, é importante ressaltar que o uso dessa suplementação requer mais estudos para determinar se os benefícios podem ser replicados em outras populações de idosos com maior risco de desenvolver disfunção cognitiva significativa. Vale lembrar ainda que recomendações atuais para idosos trazem que a suplementação só deve acontecer se uma deficiência for diagnosticada ou se o idoso não conseguir ingerir a quantidade ideal através da alimentação.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.