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Já ouviu falar sobre a dieta flexitariana?

Flexível, complacente, adaptável. Com diferentes nomes, a dieta flexitariana vem do termo inglês “flexitarian” e tem sido adotada frequentemente pelas pessoas, apresentando suas peculiaridades em termos de comportamento. Essa intervenção alimentar consiste em uma diminuição no consumo de carne, leite e derivados, no intuito de contribuir com a redução do impacto atual que a produção de alimentos de origem animal causa ao meio ambiente.

Mas por que não se tornar vegetariano, já que o objetivo da dieta flexitariana é reduzir o consumo de carne? Mudanças abruptas na alimentação requerem planejamento, dedicação e força de vontade. Se tornar vegetariano pode não ser uma tarefa fácil para todos, afinal estamos sugestionados a consumir carne em diferentes momentos da nossa vida.

A dieta flexitariana se formou a partir da busca que as pessoas têm mostrado em relação à preocupação com o aquecimento global e condições ambientais modificadas por conta da alimentação onívora do ser humano, que inclui alimentos de origem animal e vegetal. Essa mudança de comportamento é mundial, de acordo com a rede de supermercados e produtos naturais Whole Foods, que a definiu como uma das principais tendências na alimentação em 2017.

O flexitarismo é comprovado, segundo uma recente revisão bibliográfica (2018), como uma estratégia alimentar que responde às preocupações sobre as consequências do consumo de carne ao meio ambiente, uma vez que sua produção em excesso afeta as emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, propicia maior desenvolvimento de doenças crônicas em toda a população mundial em longo prazo.

A intervenção flexível é baseada no equilíbrio entre o consumo de vegetais, legumes, cereais, leguminosas, sementes e frutas, combinando-os entre si, com a ingestão de uma fonte animal duas vezes na semana, podendo ser carnes, ovos e leites

É preciso ressaltar a importância de se adequar a quantidade de carboidratos, lipídeos, micronutrientes e proteínas. Ainda, encontramos pessoas que aderem à dieta flexitariana com low carb, apostando em uma combinação de alimentos com baixo teor de carboidratos e sem nada de origem animal. Quando falamos em adequação nutricional, seria difícil equilibrar uma dieta sem alimentos de origem animal que fornecem normalmente gorduras como fonte de energia; e também sem aqueles reduzidos em carboidratos, que é a nossa fonte energética primária. A conta não fecha, afinal como podemos viver sem ter energia para nossas atividades metabólicas? Mesmo com a presença de lipídeos mono e poli-insaturados em vegetais, podemos apresentar algumas deficiências importantes.

Cabe ressaltar que, qualquer mudança alimentar, seja qual for, deve ser orientada por nutricionista. Está mais do que comprovada que a nutrição eficiente envolve mudanças sustentáveis na alimentação, deixando de lado as restrições alimentares severas e sem motivos. Qualquer dieta que seja aderida na rotina deve ser fácil de ser seguida e levada como um estilo de vida, com seus propósitos e consequências/benefícios para a saúde.

 

Referências bibliográficas:

FORESTELL, C. Flexitarian Diet and Weight Control: Healthy or Risky Eating Behavior? Front. Nutri., v. 5, n. 59, jul. 2018.

DERBYSHIRE, E. Flexitarian Diets and Health: A Review of the Evidence-Based Literature. Front Nutr., v. 3, n. 55, jan. 2017.

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