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Conheça a planta medicinal que pode ajudar com as dores da artrose (osteoartrite)

Garra do diabo

Harpagophytum procumbens – você conhece esta planta medicinal? Seu nome popular, para alguns, causa uma má impressão. Ela é conhecida como garra-do-diabo, pois seu fruto tem forma de garra. A nomenclatura botânica Harpagophytum vem de harpago, que significa gancho, e procumbens, que quer dizer caule. Embora não seja uma planta brasileira, seu uso tem crescido por aqui e o aumento do interesse das pessoas em saber para que serve a garra-do-diabo também. A seguir, conheça suas propriedades.

Garra-do-diabo: para que serve?

Os principais compostos ativos dessa planta são conhecidos pelo nome de harpagosídeos. Existem registros de uso tradicional de suas raízes secundárias em chás medicinais e em outras formas como extratos secos, fluidos e tinturas vegetais. Quanto aos efeitos na saúde, destacam-se:

Propriedade digestiva

Os princípios amargos presentes na planta ajudam a melhorar sintomas como inchaço e flatulência relacionados à má digestão.

Efeito anti-inflamatório

A atividade anti-inflamatória parece aliviar dores articulares e dor lombar baixa aguda. Um estudo também mostrou menor necessidade de consumo de analgésicos e anti-inflamatórios e melhora de mobilidade articular em quadros de osteoartrites. Mas parece que seu efeito é prejudicado pela acidez gástrica, que pode inativar os princípios ativos. Os profissionais de saúde preferem prescrever o fitoterápico em cápsulas gastrorresistentes para contornar essa situação.

Como utilizar

A garra-do-diabo é um fitoterápico que compõe a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) e pode ser distribuído gratuitamente em alguns serviços públicos de saúde, desde que haja a compra pelo município e a prescrição.

Mas não se automedique, procure um profissional de saúde para analisar individualmente o seu caso. A planta é contraindicada na gravidez, lactação e para crianças por ausência de estudos.

Dentre as contraindicações, é possível citar pacientes com úlcera digestiva em atividade, colón irritável, litíase biliar, doenças cardíacas, renais, diabetes e hipertensão.

O uso inadequado pode causar prejuízos à sua saúde. Harpagophytum procumbens pode ocasionar sintomas gastrointestinais como diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal, efeitos no sistema nervoso central (dor de cabeça, vertigem). E pode interagir com alguns medicamentos.

 

Referências bibliográficas:

Alonso J. Tratado de fitofármacos e nutracêuticos. 1 ed. Sâo Paulo: AC Farmacêutica, 2016.

Chantre, P. et al. Efficacy and tolerance of Harpagophytum procumbens versus diacerhein in treatment of osteoarthritis. Phytomedicine. 2000 Jun;7(3):177-83. doi: 10.1016/S0944-7113(00)80001-X.

European Medicines Agency (EMA). Committee on Herbal Medicinal Products (HMPC)European Union herbal monograph on Harpagophytum procumbens DC. and/or Harpagophytum zeyheri Decne. Radix, 2016.

Saad GA, Leda PHO, Sá IM, Seixlack AC. Fitoterapia contemporânea – Tradição e ciência na prática clínica. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2016.

PLANFAVI. Sistema de farmacovigilância em plantas medicinais, n.35, julho/ setembro 2015.

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