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É possível avaliar o microbioma humano?

A resposta é SIM! E esse tem sido um tema de interesse crescente de muitos pesquisadores e profissionais da saúde que entendem o envolvimento do microbioma em muitos aspectos da fisiologia humana, incluindo metabolismo, interações medicamentosas e inúmeras doenças.

As análises do microbioma humano tiveram início com o “Projeto Microbioma Humano” e consiste no conjunto de procedimentos necessários para mapear e interpretar o perfil do microbioma de uma pessoa. O perfil do microbioma é a distribuição de frequência das centenas de espécies de microrganismos que habitam o nosso corpo. A parte referente ao mapeamento deste perfil está bem resolvida: usando uma técnica de sequenciamento genético conhecida como “16s rRna”, ou uma outra técnica mais precisa apelidada de “shotgun”, é possível identificar as diversas espécies de microrganismos, e sua respectiva abundância relativa, presentes em uma amostra. A técnica 16s sequencia apenas uma parte (regiões v3, v4 ou v5) de um gene, o16s, para identificar uma bactéria. A técnica de shotgun sequencia todo o genoma. Por este motivo, a 16s tem custo mais baixo do que a shotgun. Por outro lado, a shotgun consegue identificar mais de 99% dos gêneros e espécies presentes em uma amostra, ao passo que a precisão de identificação da 16s fica em torno de 95% a nível de gênero e 50% a nível de espécie. Adicionalmente, a shotgun identifica também vírus e fungos, microrganismos que não são passíveis de identificação pela 16s. o”. O processo de sequenciamento do microbioma intestinal é relativamente simples: o paciente envia uma pequena amostra de fezes, um pouco maior do que um grão de arroz, para a avaliação.

A análise do microbioma humano pode desempenhar papel relevante em prevenção, diagnóstico e tratamento de distúrbios da saúde. Já existem algumas empresas no mundo que oferecem regularmente o serviço de sequenciamento de microbioma humano. Nos EUA temos a Ubiome, na Inglaterra a MapMyGut, e aqui no Brasil a Bioma4me já oferece este serviço.

Leia mais sobre o assunto na Série Microbioma:

 

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