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Baixa qualidade de sono é associada a fatores relacionados a hipertensão

Estudo teve por objetivo determinar a prevalência e os fatores associados a baixa qualidade de sono em pacientes hipertensos. Foram selecionados para o estudo, pacientes hipertensos que atenderam aos critérios de elegibilidade e que frequentavam o hospital em que foi realizado o estudo. Os participantes responderam a entrevista sobre dados sociodemográficos, índice de qualidade do sono Pittsburg (IQSP), fatores associados com a qualidade do sono, peso, altura, IMC, pressão sanguínea e nível de atividade física.

Fizeram parte do estudo 279 pacientes hipertensos, sendo 50,9% homens, com idade média de 53 anos. Desses, 24% apresentaram níveis altos de triglicerídeos, 11,8% de colesterol e 10% de LDL. Metade dos participantes tiveram diagnóstico de hipertensão há menos de 5 anos, sendo que do total, 57% estavam utilizando somente diuréticos e 28,7% usavam diuréticos e inibidores cardíacos. Um terço dos pacientes apresentavam histórico de mascar fumo, 6,5% de fumar cigarro e 17,6% ingeriam bebidas alcóolicas, 18,6% eram sedentários, e 39,8% apresentavam sobrepeso e 10% eram obesos. A prevalência de baixa qualidade de sono entre os hipertensos foi de 35,5%. Participantes que referiram não conseguir respirar bem a noite foram 43,8% dos pacientes e 35,8% roncavam. Pela análise bivariada, fatores como histórico de tabagismo, etilismo e sedentarismo foram associados a baixa qualidade de sono. Duração de tempo de medicação e nível de colesterol, hipertensão diastólica em estágio I e II e hipertensão sistólica nível II se associaram significativamente com a baixa qualidade de sono. Indivíduos fisicamente ativos apresentaram três vezes menos chance de desenvolver baixa qualidade de sono (AOR=0,288). Pacientes com pressão diastólica níveis I e II possuíam quatro a cinco vezes mais chance de desenvolver baixa qualidade de sono em comparação aos com pressão arterial normal (AOR 3,923 e 4,520, respectivamente).

Dessa maneira, os autores concluíram que um terço dos pacientes hipertensos apresentava baixa qualidade de sono. Hipertensão arterial diastólica e sedentarismo são preditores independentes de baixa qualidade de sono em pacientes hipertensos.

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