Ícone do site Nutritotal PRO

Quais exames devem acompanhar de pacientes com nutrição enteral e parenteral?

Exames laboratoriais na Terapia Nutricional

Exames laboratoriais na Terapia Nutricional

Em algumas condições clínicas, quando o paciente não pode se alimentar através da via oral, considera-se a utilização da Terapia Nutricional Enteral (TNE) e/ou Parenteral (TNP) para um melhor aporte nutricional e consequentemente otimização de sua recuperação.

Devido a vários fatores, como a doença base e risco de complicações, deve haver um monitoramento continuo e constante, quanto a tolerância da TN, possíveis interações medicamentosas, alterações antropométricas e controle bioquímico por meio de exames laboratoriais.

Mas quais exames laboratoriais devem ser monitorados para pacientes em terapia nutricional?

Para pacientes em TNE, os seguintes exames devem ser monitorados frequentemente:

  • Glicemia;
  • Sódio e potássio;
  • Cálcio, magnésio e fosforo;
  • Triglicerídeo
  • Colesterol
  • Alanina aminotransferase (ALT)
  • Aspartato Aminotransferase (AST)
  • Gama glutamil transferase (GGT)
  • Pré-albumina
  • Albumina
  • Ureia/Creatinina

Além disso, podemos monitorar a glicemia capilar e, sempre que possível, os níveis de elementos traço e vitaminas.

Já pacientes em TNP, o controle requer maior atenção, pois o uso da solução parenteral pode aumentar o risco de alterações metabólicas importantes.

Sendo assim, além dos já monitorados na terapia enteral, podemos adicionar o exame de PCR (proteína C-reativa), bilirrubina total, fosfatase alcalina, glicemia capilar e tempo de protrombina.

E com qual frequência devemos avaliar esses exames?

A frequência de monitoramento desses exames pode depender de alguns fatores, como tempo de administração da terapia, estado clínico do paciente e a progressão da doença.

Abaixo podemos ver qual a frequência dos exames em cada uma das terapias:

Exames bioquímicos e frequência de monitoramento na TNE

Exames Frequência
Glicemia Diariamente
Sódio e potássio Diariamente
Cálcio, magnésio e fósforo Diariamente
Triglicerídeo Inicio da TN
Colesterol Inicio da TN
ALT Diariamente
AST Semanalmente
GGT Semanalmente
Pré-albumina Semanalmente
Albumina No inicio e a cada 21 dias
Ureia/creatinina Diariamente
 

Glicemia capilar

6/6 em hora do primeiro dia, 8/8 horas no segundo dia, 12/12 horas no quinto dia, após isso diariamente.

Fonte: adaptado de Manual de processos de trabalho equipe multidisciplinar em terapia nutricional, 2011. 

Exames bioquímicos e frequência de monitoramento na TNP

Exames Frequência
PCR/Albumina

 

1x/dia no início, paciente crítico: semanalmente; paciente estável: mensalmente;
Bilirrubina total Semanalmente
Fosfatase alcalina Semanalmente
Glicemia capilar

 

Paciente crítico: 3x/dia; paciente estável: se necessário;
Tempo de protrombina Semanalmente
Sódio, potássio, cloro Inicio: 3x/dia; paciente crítico: diariamente; paciente estável: 1 a 2x semana
Cálcio, magnésio e fósforo Inicio: 1x/dia; paciente crítico: se necessário; paciente estável: semanalmente
Ureia/creatinina Inicio: 3x/dia; paciente crítico: diariamente; paciente estável: 1 a 2x semana
Triglicerídeo Apenas no início e se necessário
ALT, AST e GGT Inicio: 1x/dia; paciente crítico: semanalmente; paciente estável: mensal

Fonte: Adaptado de Protocolo de terapia nutricional enteral e parenteral da comissão de suporte nutricional, 2014.

Veja também: Posicionamento ASPEN: Uso de albumina sérica e a pré-albumina como marcadores nutricionais

Referência

Gostyńska A, Stawny M, Dettlaff K, Jelińska A. Clinical Nutrition of Critically Ill Patients in the Context of the Latest ESPEN Guidelines. Medicina (Kaunas). 2019 Dec 2;55(12):770.

CUPPARI, Lilian. Nutrição: clínica no adulto. 3. ed. Barueri, Sp: Manole, 2014. 599 p. (Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da EPM-UNIFESP).

GIROLDI, Maiara; BOSCAINI, Camile. Perfil nutricional e bioquímico de pacientes internados em uso de terapia nutricional enteral. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, São Paulo, v. 1, n. 31, p. 65-69, jan. 2016.

FORA, Hospital Universitario da Universidade Federal de Juiz de. SOLICITAÇÃO E MONITORAMENTO DE EXAMES LABORATORIAIS EM TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL. Juiz de Fora, MG: SUS, 2021. 2 p.

UNICAMP. Manual de processos de trabalho equipe multidisciplinar em terapia nutricional: grupo de apoio nutricional. Campinas: Unicamp, 2011. 107 p. (Série manual do Hospital de Clínicas da UNICAMP).

PROTOCOLO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL DA COMISSÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL. Goiânia: Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, 2014, 162 p.

 

Sair da versão mobile