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Ângulo de fase e sua aplicação na prática clínica

Ângulo de fase

Fonte: Shutterstock

Sabemos que a avaliação nutricional, é essencial para a identificação de possíveis déficits nutricionais e possibilita traçar um melhor planejamento dietoterápico.

Em ambientes hospitalares, a bioimpedância elétrica (BIA) torna-se um ótimo método para essa avaliação, por ser uma ferramenta não invasiva e prática de ser aplicada à beira do leito.

A partir da BIA, obtemos vários parâmetros, que podem ser avaliados em conjunto ou individualmente, para um melhor diagnóstico. Através da BIA podemos realizar a avaliação de composição corporal (CC) a partir de equações específicas e, também avaliar o ângulo de fase (AF).

E para entender como é a aplicação na prática do Ângulo de Fase, nós do Nutritotal Pro, produzimos esse material, para esclarecer suas dúvidas e enriquecer a sua prática clínica.

Ângulo de fase

O ângulo de fase vem ganhando notoriedade devido ao seu fácil manejo e por ser um método bem objetivo.

Esse parâmetro é encontrado devido à relação direta com Reactância (Xc) e a Resistência (R), que formam um ângulo pelo desvio da corrente elétrica refletida no corpo do indivíduo e expressam o equilíbrio entre o espaço extra e intracelular, ou seja, mostra a mudança da qualidade e quantidade dos tecidos a partir da aplicação da BIA,.

Devido a essa capacidade, ele é principalmente utilizado como indicador de prognóstico em diversas enfermidades e como preditores do estado de saúde geral do paciente.

O cálculo é realizado a partir de uma equação matemática, como podemos ver a seguir:

O seu grau pode variar de 0 a 90 graus, sendo que segundo estudo, em indivíduos saudáveis esse grau varia entre 4 e 15. No entanto, fatores como idade, sexo, hidratação e própria doença base pode interferir nesses valores.

A sua aplicação

Como falado anteriormente, o ângulo de fase é um dos métodos referência para avaliação do prognóstico do paciente e de massa muscular, sendo assim, ele pode utilizado em indivíduos como câncer, AIDS, sarcopenia, insuficiência cardíaca, além de permitir o seu uso nas mais variadas fases da vida.

No entanto, pesquisadores ressaltam que para algumas doenças e faixas etárias são necessárias novas pesquisas e pontos de corte, para se ter uma melhor aplicação clínica.

 

Veja também: Equações derivadas de bioimpedância para crianças e adolescentes

 

 

Referência

PILEGGI, Vicky Nogueira et al. Phase angle and World Health Organization criteria for the assessment of nutritional status in children with osteogenesis imperfecta. Revista Paulista de Pediatria (English Edition), [S.L.], v. 34, n. 4, p. 484-488, dez. 2016. Elsevier BV.

MATTIELLO, Rita. Valores de Referência do Ângulo de fase da Bioimpedância Elétrica. 2020. 56 f. Tese (Doutorado) – Curso de Epidemiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.

PENA, Natália Fenner. ASSOCIAÇÃO DO ÂNGULO DE FASE PADRONIZADO COM ESTADO NUTRICIONAL E DESFECHOS CLÍNICOS EM PACIENTES CIRÚRGICOS ONCOLÓGICOS. 2016. 89 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Nutrição e Saúde, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.

MARTINS, Priscila Custódio et al. Association of phase angle with muscle strength and aerobic fitness in different populations: a systematic review. Nutrition, [S.L.], v. 93, p. 111489, jan. 2022. Elsevier BV.

FERREIRA, Raphaela Costa et al. Ângulo de fase como indicador prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Rev Bras Nutr Clin, São Paulo, v. 3, n. 30, p. 201-205, jul. 2015.

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