O novo guia da Endocrinology Society propõe recomendações para avaliação e tratamento da dislipidemia em doenças endócrinas. A regularização dos níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL) deve ser o alvo principal de tratamento de dislipidemia onde uma dieta saudável e atividade física são componentes essenciais de um plano de tratamento.
Os grupos de alimentos para uma dieta saudável incluem vegetais, frutas, leguminosas (lentilhas, feijão, ervilha, grão de bico), cereais integrais, pão, laticínios com baixo teor de gordura (leite desnatado, iogurte desnatado), aves sem pele, peixes sem pele, óleos vegetais não tropicais e nozes. As calorias podem ser ajustadas para redução ou manutenção do peso.
Adultos com triglicerídeos acima de 500mg/dL devem receber tratamento farmacológico associado a dieta e a prática de atividade física para prevenir pancreatite e, se estiver acima de 1000mg/dL, necessitam de controle do diabetes, além da adequação da dieta e perda de peso, pois a resposta aos medicamentos é reduzida.
Em diabéticos tipo 2, recomenda-se a terapia com estatinas, além da modificação do estilo de vida para reduzir os riscos cardiovasculares. Vale ressaltar que as estatinas não devem ser usadas em mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar.
Na obesidade os componentes da síndrome metabólica e a distribuição da gordura corporal devem ser avaliadas para determinar com precisão o nível de risco de doença cardiovascular. Neste caso, mudanças no estilo de vida é primordial para reduzir os triglicerídeos plasmáticos, reduzindo os riscos cardiovasculares e da pancreatite.
Em caso de hipotireoidismo, a hiperlipidemia não deve ser tratada até que haja regularização dos hormônios tireoidianos.
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