No ano de 1995 o termo prebiótico foi definido pela primeira vez como: “ingrediente alimentar não digerível que afeta beneficamente o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de um ou número limitado de bactérias colônicas”. Neste contexto, os prebióticos reconhecidos na época eram alguns tipos de fibras dietéticas, como a fructanos (frutooligossacarídeos – FOS e inulina) e galactanos (Galactooligossacarídeos – GOS) que atuavam no crescimento de bifidobacteria e lactobacillus. Atualmente, o termo prebiótico tem sido expandido a diferentes classes de moléculas, sendo que o conceito vem sofrendo alterações.
No ano de 2017 foi publicado no Nature Reviews o mais atual conceito de prebióticos elaborado pela Associação Científica Internacional de Probióticos e Prebióticos (ISAPP). A ISAPP definiu prebióticos como: “o substrato que é seletivamente utilizado por microrganismos do hospedeiro, conferindo benefícios à saúde”.
Por este novo conceito, expandiu-se de efeitos apenas na microbiota intestinal para outras regiões do organismo colonizadas por microrganismos, como o trato vaginal e a pele. Desta forma, os prebióticos podem ser administrados diretamente nestas regiões, além da via oral (mais comum). Igualmente, foram reconhecidas outras classes de moléculas que podem ser classificadas como prebiótico: compostos fenólicos, fitoquímicos e ácido linoleico conjugado (CLA). Também, reconheceram-se outras bactérias estimuladas por prebióticos, como Roseburia, Eubacterium e Faecalibacterium spp.
Portanto, é importante conhecer as classes de moléculas consideradas prebióticas e em quais bactérias podem apresentar efeitos para que sejam empregados visando efeitos positivos na saúde do hospedeiro. Esta utilização deve fazer parte de uma abordagem abrangente da alimentação saudável e estilo de vida.
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