Primeiramente, é necessário entender que o valor biológico de uma proteína corresponde a proporção de nitrogênio absorvido que é retido pelo organismo para manutenção e crescimento celular. Esse valor biológico é determinado pela presença de aminoácidos essenciais, ou seja, pela presença de leucina, isoleucina, valina, lisina, metionina, triptofano, fenilalanina, treonina e histidina.
Assim, são consideradas proteínas de alto valor biológico aquelas que apresentam uma combinação de aminoácidos essenciais mais próxima da combinação presente em tecidos humanos.
A avaliação mais aceita do valor biológico da proteína considera sua digestibilidade (Protein Digestibility-corrected amino acid score – PDCAA), mas podemos, também, usar fórmula que considera o total de proteína ingerida na dieta e excretada através da urina e das fezes:
Valor biológico = Nitrogênio retido (NR) .
Nitrogênio Absorvido (NA)
Onde: NR = (Nitrogênio da dieta) – (Nitrogênio urinário + fecal)
NA = (Nitrogênio da dieta) – (Nitrogênio fecal)
Pelo perfil de aminoácidos essenciais e digestibilidade, as proteínas de origem animal, como carnes, aves, leites e derivados, são classificadas como proteínas de alto valor biológico.
Nutricionista. Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela BRASPEN. Especialização em Fitoterapia pela Ganep. Especialização em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo. Coordenadora de projetos e inovação do Ganep Educação e Nutritotal