Estudo avaliou os efeitos da suplementação de zinco sobre as concentrações de IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina) e crescimento de crianças pré-termo (PT) e atermo (AT), ambas sem déficit de crescimento.
Foram incluídas 105 crianças com até 2 anos de idade que foram divididas de acordo com a idade gestacional ao nascimento. Os dois grupos foram subdivididos em suplementados e não suplementado. Os suplementados receberam 22mg de sulfato de zinco (5mg de zinco elementar) via oral durante seis meses. As variáveis mensuradas incluíram zinco, IGF-1, peso e altura no início do estudo e após seis meses.
Ao início do estudo, os níveis de IGF-1 foram significativamente maiores em crianças PT que em AT e não houve diferença nos níveis de zinco entre os grupos. Nas crianças PT, a suplementação de zinco não alterou os níveis de IGF-1, peso e altura por idade. Nos AT, no entanto, os níveis de zinco, IGF-1, peso e altura por idade aumentaram significativamente após 6 meses de suplementação em relação ao início do estudo, porém sem diferença quando os valores foram comparados ao grupo AT não suplementado.
Sendo assim, os autores concluíram que, embora a suplementação oral de zinco possa melhorar as concentrações de zinco sérico em crianças, o apoio nutricional ao invés da suplementação de um único nutriente pode ser mais eficaz para otimizar o crescimento de crianças independentemente da idade gestacional ao nascimento.
Nutricionista. Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela BRASPEN. Especialização em Fitoterapia pela Ganep. Especialização em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo. Coordenadora de projetos e inovação do Ganep Educação e Nutritotal