Com o intuito de perder peso, muitas pessoas recorrem ao chamado jejum intermitente, que como o nome diz, é uma estratégia em que o adepto a essa alimentação intercala períodos de jejum, consumindo apenas líquidos como água e chás, com períodos de consumo alimentar livre ao longo do dia.
Mas será que ele traz resultados tão objetivos quanto os de uma dieta hipocalórica tradicional? Para descobrir, um estudo publicado pelo periódico Clinical Nutrition avaliou os efeitos a curto prazo do jejum intermitente e da alimentação hipocalórica tradicional no corpo.
Para isso, os pesquisadores recrutaram voluntários entre 35 e 75 anos que possuíam elevada circunferência da cintura, relacionada a alto risco cardiometabólico. Após a coleta de dados, eles foram divididos em dois grupos, um orientado a seguir padrões de dieta Mediterrânea com restrição energética sete dias da semana (REC) e outro que também deveria seguir a dieta mediterrânea, mas em dois dias da semana realizavam o jejum intermitente (REI), no final de sete dias, ambos os grupo consumiam a mesma quantia de calorias e de nutrientes.
REC ou REI?
Como resultado, ambos os grupos tiveram uma redução significativa de peso (-2,6% no grupo do jejum intermitente e -2,9 % entre os que seguiram dieta hipocalórica tradicional). Além disso, diminuições na circunferência de cintura, no Índice de Massa Corpórea (IMC), na porcentagem de gordura corporal e na ingestão energética foram observadas nos dois grupos, mostrando que não há superioridade de uma estratégia nutricional sobre a outra.
Com isso, os autores puderam concluir que tanto a dieta hipocalórica tradicional quanto a intermitente, ambas em curto prazo, são comparáveis em relação aos seus efeitos na maioria dos marcadores de risco cardiometabólico. Mas vale ressaltar que qualquer mudança alimentar deve ser indicada e acompanhada por um nutricionista.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.