A hora do almoço pode até ser um momento gostoso para grande parte das pessoas, mas não para quem sofre com os chamados transtornos alimentares, como a anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar. Todos esses quadros estão ligados a transtornos psicológicos que alteraram a rotina alimentar, podendo afetar a saúde física e piorar o estado mental da pessoa. Assim, há muito mitos que precisam ser desmentidos de uma vez por todas para ajudar o tratamento dos pacientes.
Uma pesquisadora que trabalha no National Institute of Mental Health, na Universidade da Carolina do Norte (EUA), destacou que os principais mitos acerca de doenças como bulimia e anorexia (quadros em que o paciente recusa se alimentar e tem uma visão distorcida sobre sua imagem corporal) e da compulsão alimentar (em que o paciente pode comer excesso de calorias em um período determinado de tempo) encontram-se nas relações familiares.
A seguir, confira quatro verdades sobre os distúrbios alimentares que podem te ajudar a compreender melhor como eles funcionam.
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Entenda os transtornos alimentares
Aprender a lidar com a pessoa que possui o quadro é fundamental para ajudá-la no tratamento.
Transtornos alimentares nunca são benignos
Verdade. Independentemente de eles serem responsáveis por aumentar ou diminuir o peso corporal, os transtornos alimentares nunca fazem bem para a saúde. Dentre as consequências mais comuns destacadas pelo National Institute of Mental Health, estão as altas taxas de suicídio entre pessoas com bulimia, anorexia e compulsão alimentar, além de isolamento social, depressão, ansiedade e outros problemas que afetam a saúde mental.
Além disso, as consequências nutricionais também são frequentes e preocupantes e podem incluir quadros de desnutrição extrema e alterações na concentração de nutrientes corporais, que podem estar relacionadas a consequências graves como problemas cardiovasculares, pulmonares, renais, entre outros.
A família não tem culpa
Verdade. Aliás, o principal pilar para ajudar na recuperação e no tratamento de uma pessoa com distúrbio alimentar é a família. Pais/responsáveis e seus filhos não devem ter medo de confiarem uns nos outros para lidar com esse tipo de doença. É importante destacar que a doença pode estar associada a fatores genéticos e ambientais (hábitos de vida), o que reforça a questão da família como apoio e não causa do problema.
Os transtornos alimentares podem atingir qualquer pessoa
Verdade. Para a pesquisadora do National Institute of Mental Health, o distúrbio alimentar não tem raça, gênero ou idade para acontecer. Qualquer um pode estar sujeito a ter um transtorno desse tipo. E engana-se quem pensa que uma pessoa com um peso adequado para sua altura e idade esteja livre da doença. Tanto quem está com sobrepeso e obesos quanto quem está abaixo do peso também pode sofrer com os transtornos.
Os distúrbios alimentares são tratáveis
Verdade. Diferentemente de muitas doenças crônicas que ainda não tem cura, a anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar têm solução. Mas para isso acontecer, é preciso que o paciente esteja disposto a encarar o problema, contando com a ajuda dos familiares e amigos, e sempre recebendo acompanhamento de um profissional de saúde. Procure por centros que trabalham especificamente com transtornos alimentares, como o AMBULIM da USP, por exemplo.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.