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Consumo de ultraprocessados continua relacionado ao aumento da obesidade

obesidade ultraprocessados

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O consumo de alimentos ultraprocessados têm aumentado significativamente no mundo todo ao longo dos anos, conferindo um total de 50 a 60% da ingestão energética da população no dia a dia. Ao mesmo tempo, a incidência de indivíduos com sobrepeso e obesidade também continua crescendo no século 21.

A obesidade por si só já é uma doença metabólica, podendo ser fator de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, câncer e outras. Um padrão alimentar saudável possui papel fundamental no manejo e prevenção da doença, sendo que estudos recentes evidenciaram associação positiva entre frequente ingestão de alimentos ultraprocessados e desenvolvimento de doenças crônicas.

Com o intuito de avaliar a relação entre dieta e saúde, foi criando o NutriNet, um estudo francês elaborado de modo eletrônico que coletou dados da população francesa sobre qualidade de sono, saúde mental, práticas e hábitos alimentares e outros mais através de questionários online.

Recordatório alimentar, classificação dos alimentos e dados antropométricos

Os participantes foram convidados a elaborar três recordatórios alimentares de 24 horas em dias não consecutivos, sendo dois recordatórios de dias da semana e um do fim de semana, descrevendo todos os alimentos e bebidas consumidas. As porções foram avaliadas através de fotos das refeições tiradas pelos participantes e os alimentos classificados em: In natura/minimamente processado, ingredientes culinários, processado e ultraprocessado.

Peso e altura foram auto reportados pelos participantes, através de questionário online de seis em seis meses, durante o período de maio de 2009 e junho de 2019. Esses dados foram utilizados para cálculo de IMC e identificação de obesidade.

Ultraprocessados e aumento de IMC

Após análise dos resultados, os autores observaram que o consumo de dieta rica em ultraprocessados levou ao aumento da ingestão energética (+508 ± 106 kcal/d), evidenciando associação positiva com o ganho de peso (0.8 ± 0.3 kg [P = 0.01]). Em contrapartida, os participantes que consumiram dieta baseada em alimentos minimamente processados resultaram na perda de 1.1 ± 0.3 quilos.

Os autores concluíram que o risco de desenvolver sobrepeso e obesidade está altamente relacionado a ingestão frequente e exacerbada de alimentos ultraprocessados, podendo ser parcialmente justificada pela baixa qualidade nutricional desses alimentos, além dos mesmos serem compostos, em sua maioria, por gorduras saturadas e açúcares.

 

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