Completaram o estudo 30 participantes, sendo 19 mulheres e 11 homens. A quantia média de açúcar ingerida no desjejum foi de 13g no grupo base ovo e 37g no não ovo, e a de proteínas foi de 36g no base ovo e 17g no não ovo. Durante a intervenção de desjejum com ovos a média de ingestão calórica foi de 2145kcal, significativamente maior que no período não ovo, que foi de 1996 kcal (p=0,008). Não houve diferença no peso, glicemia, insulinemia e PCRus dos participantes entre as diferentes dietas. Entretanto, a dieta não ovo aumentou o índice de HOMA significativamente (p=0,028). O LDL reduziu 6% (p<0,05) da concentração inicial para o período pós dieta não ovo. Houve uma tendência a redução do HDL e da pressão sanguínea no grupo ovo.
Dessa maneira, os autores concluíram que a ingestão de café da manhã à base de ovo (12 ovos/semana), comparado ao consumo de café da manhã sem ovo e com mais CHO, não afetou a sensibilidade à insulina e outros aspectos da homeostase do CHO. O LDL-C reduziu menos do início do estudo (-2,9%) durante a dieta base ovo do que durante a dieta não ovo (-6,0%), enquanto pressão arterial sistólica foi reduzido em 2,7% durante a condição ovo e não se alterou durante a condição não ovo. Não foram observadas outras diferenças significativas de fatores de risco cardiometabólico. De interesse, a ingestão de ovos na refeição do café da manhã foi associada a um aumento da ingestão diária de calorias, mas não foi associado ao aumento do peso corporal.
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