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Desjejum mais rico em proteínas não difere de desjejum rico em carboidratos sobre parâmetros cardiometabólicos

prato com ovos mexidos em uma mesa de madeira Estudo avaliou os efeitos de dois tipos de café da manhã, um a base de ovos e outro rico em carboidratos, sobre os marcadores de saúde cardiometabólica em adultos com sobrepeso ou obesidade e pré-diabéticos e/ou com síndrome metabólica. Dessa maneira foram incluídos participantes de ambos os sexos, entre 18 e 74 anos, com IMC ≥ 25 kg/m² e que apresentaram síndrome metabólica e/ou pré-diabetes. O desjejum do grupo com base em ovos continha tacos com ovos, sanduíches com ovos ou burritos, nos quais eram oferecidos 2 ovos por desjejum durante 6 dias na semana, totalizando 12 ovos por semana. O grupo com base em carboidratos (CHO), ou não ovo, ingeria cereais com leite, waffles com melado, barras de granola, castanhas, frutas e queijos. Em ambos os grupos a caloria média do desjejum foi de 554 kcal, sendo semelhantes em lipídeos e diferindo, principalmente, pela substituição de proteína por carboidratos. Eles realizavam 4 semanas da dieta para a qual foram randomizados, depois quatro semanas de wash-out, e então mudavam de grupo alimentar e realizavam mais 4 semanas de intervenção na outra dieta. Foram mensurados peso, altura, circunferência da cintura, pressão arterial e coletadas amostras de sangue para avaliação de glicemia, insulina, PCR ultra sensível (PCRus), e perfil lipídico. Todas as variáveis foram coletadas no primeiro e no último dia de cada período de intervenção.

Completaram o estudo 30 participantes, sendo 19 mulheres e 11 homens. A quantia média de açúcar ingerida no desjejum foi de 13g no grupo base ovo e 37g no não ovo, e a de proteínas foi de 36g no base ovo e 17g no não ovo. Durante a intervenção de desjejum com ovos a média de ingestão calórica foi de 2145kcal, significativamente maior que no período não ovo, que foi de 1996 kcal (p=0,008). Não houve diferença no peso, glicemia, insulinemia e PCRus dos participantes entre as diferentes dietas. Entretanto, a dieta não ovo aumentou o índice de HOMA significativamente (p=0,028). O LDL reduziu 6% (p<0,05) da concentração inicial para o período pós dieta não ovo. Houve uma tendência a redução do HDL e da pressão sanguínea no grupo ovo.

Dessa maneira, os autores concluíram que a ingestão de café da manhã à base de ovo (12 ovos/semana), comparado ao consumo de café da manhã sem ovo e com mais CHO, não afetou a sensibilidade à insulina e outros aspectos da homeostase do CHO. O LDL-C reduziu menos do início do estudo (-2,9%) durante a dieta base ovo do que durante a dieta não ovo (-6,0%), enquanto pressão arterial sistólica foi reduzido em 2,7% durante a condição ovo e não se alterou durante a condição não ovo. Não foram observadas outras diferenças significativas de fatores de risco cardiometabólico. De interesse, a ingestão de ovos na refeição do café da manhã foi associada a um aumento da ingestão diária de calorias, mas não foi associado ao aumento do peso corporal.

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