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Dieta mediterrânea e risco de mortalidade: efeitos sobre pessoas obesas

dieta mediterrânea

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Um estudo avaliou os efeitos da associação entre o IMC e a aderência a dieta mediterrânea (dMed) sobre a mortalidade global e por doença cardiovascular (DCV). Para isso, foram utilizados dados de duas grandes coortes suecas. Os participantes foram divididos de acordo com seus IMC em estrófico, sobrepeso e obeso, sendo excluídos indivíduos com IMC<20kg/m². Foi utilizado um questionário de frequência alimentar para classificar o tipo de alimentação que estes realizavam. Também foram coletados dados sobre estilo de vida, status socioeconômico e comorbidades.

Desenvolvimento do estudo

Fizeram parte do estudo 79.003 indivíduos, sendo 56% homens e 44% mulheres. A idade média foi de 61 anos, sendo que 10% eram obesos e 46% possuíam IMC normal, 44% reportaram hábitos alimentares consistentes com dieta mediterrânea. Indivíduos com sobrepeso/obesidade reportaram menor nível educacional, maior prevalência de diabetes e menos atividade física que indivíduos com IMC normal. Os indivíduos com maior escore para dieta mediterrânea apresentaram nível de escolaridade superior, maior nível de atividade física e ingestão de calorias. Durante os 21 anos de seguimento, 38% dos participantes foram a óbito. As mortes se relacionaram com o IMC e inveresamente com a adesão a dieta mediterrânea. Ao associar o IMC com a dMed, os autores encontraram a menor mortalidade em indivíduos com sobrepeso (IMC de 27kg/m²) e alta adesão a dMed. Indivíduos obesos com alta aderência a dMed não tiveram HR significativamente elevada de mortalidade global, enquanto ter IMC mais baixo não compensou uma baixa adesão a dMed. Independente do IMC, os participantes com um baixo escore de aderência a dMed mantiveram um elevado risco de mortalidade. Os achados foram semelhantes para a mortalidade por DCV, exceto pela menor mortalidade encontrada, que foi em indivíduos com IMC normal ou sobrepeso e alto escore de adesão a dieta mediterrânea.

O que os autores concluíram

Esses achados indicam que tanto para homens quanto para mulheres a qualidade da dieta pode modificar a associação entre o IMC e todas as causas de mortalidade, e obesos que aderiram a uma dieta mediterranea não apresentaram aumento da mortalidade em comparação com indivíduos mais magros.

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