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Efeitos da ingestão de cerveja sem álcool modificada sobre parâmetros metabólicos de pacientes diabéticos

Estudo teve como objetivo explorar os efeitos de uma cerveja sem álcool com composição de carboidratos alterada, praticamente eliminando maltose e adicionando isomaltulose e maltodextrina resistente, em comparação a uma cerveja sem álcool regular sobre o controle glicêmico de indivíduos diabéticos com sobrepeso ou obesidade.

Foram selecionados indivíduos entre 18 e 80 anos, com IMC entre 25 e 40kg/m² com diagnóstico de diabetes ou pré diabetes. Os indivíduos foram randomizados em dois grupos, grupo controle, que ingeriu duas garrafas (330ml/cada) de cerveja sem álcool por dia com composição regular durante 10 semanas, e grupo intervenção, que ingeriu duas garrafas (330ml/cada)  de cerveja sem álcool por dia com carboidratos modificados durante 10 semanas. Após um intervalo de wash-out de 6 a 8 semanas sem nenhum consumo de cerveja, os grupos foram invertidos. Foram colhidos dados clínicos, antropométricos e bioquímicos e sobre atividade física ao inicio do estudo, ao final da primeira fase, início e final da segunda fase. Nestas visitas, foram mensuradas medidas antropométricas, pressão, avaliados parâmetros laboratoriais, e ingestão alimentar (preenchimento de diário alimentar de três dias).

Participaram do estudo 42 indivíduos, com médias de idade de 55,8 anos e de IMC de 31,9 kg/m². Os indivíduos apresentaram perda de peso significativa, tanto no período intervenção (1,69%) quanto no período controle (1,77%) bem como redução de circunferência da cintura, sem alteração da composição corporal. A glicemia não diferiu entre as fases do estudo, porém hemoglobina glicada reduziu significativamente em ambas as fases (-0,75% controle e -1,11% intervenção), sem diferença entre os grupos. Insulinemia (-11,1%) e HOMA-IR (-1,92%) reduziram significativamente no período intervenção mas não no período controle, sendo que a diferença do HOMa-IR entre os períodos foi significante (p<0,001) mesmo após ajuste por variáveis (p=0,03). As pressões sistólica e diastólica reduziram em ambos os momentos, sem diferença entre estes. Foi observada uma redução da ingestão calórica e lipídica no período de intervenção

Com isso, os autores concluíram que a ingestão de cerveja sem álcool modificada pela substituição de carboidratos regulares por isomaltulose (16,5g/dia) e adição de dextrina resistente (5,28g/dia) durante as refeições melhorou a resistência insulínica em indivíduos com DM2 e sobrepeso ou obesidade. Os resultados foram observados associando intervenções em estilo de vida, mas independentemente de perda de peso, atividade física e outros fatores de confusão.

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