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Efeitos das isoflavonas de soja sobre o cálcio e cloreto séricos em mulheres na pré-menopausa

Para isso, foram recrutadas mulheres entre 30 e 42 anos com ciclos menstruais regulares, sem uso de contraceptivos hormonais e outros hormônios por no mínimo seis meses. Estas foram então divididas em dois grupos: grupo intervenção – com ingestão diária de dois tabletes contendo 246mg de Novasoy (isoflavona de soja – 60 mg de genisteína, 60 mg de daidzeína e 16,6 mg de gliciteína) cada; e grupo placebo – com ingestão de 2 tabletes contendo 246mg de carboidrato cada. Tanto os tabletes do grupo intervenção quanto do grupo controle eram acrescidos de 15mg de riboflavina (marcador de aderência), 60 mg de sorbitol, 3 mg de estearato de magnésio e 676 mg de fosfato de cálcio. Ambos os grupos também receberam comprimidos de vitaminas. Os participantes eram orientados a consumires os comprimidos cinco dias por semana durante dois anos. Foram analisados riboflavina, daidzeína e genisteína em amostras de urina, e realizada análise bioquímica e de albumina em amostras de sangue. Também foram mensuradas peso corporal, altura, circunferência da cintura, circunferência do quadril e pressão sanguínea. Estes dados eram coletados antes da intervenção e a cada três meses durante o estudo.

197 indivíduos finalizaram o estudo, sendo 98 no grupo placebo e 99 no grupo isoflavona. Os autores encontraram que os níveis séricos de cálcio, cloreto, sódio, potássio e albumina não diferiram entre os grupos durante o tratamento. O cálcio sérico mostrou-se fortemente associado à excreção urinária de isoflavonas, especificamente daidzeina e genisteína (coeficientes de regressão 0,082 para daidzeína e 0,229 para genisteína, todos p<0,01). O nível de isoflavonas urinárias também mostrou associação com cloreto (coeficiente de regressão 1,537 para genisteína, P <0,0001). As quantidades séricas de cálcio aumentaram gradativamente, em torno de 0.21 a 0.24 mg/dL a cada coleta de amostras durante a intervenção.

Com isso, os autores concluíram que daidzeína e genisteína têm fortes efeitos nos níveis circulantes de cálcio e cloreto que são parcialmente mediados por níveis séricos de albumina. Esses efeitos podem explicar por que cálcio em combinação com isoflavonas de soja não foi associado a um risco aumentado de infarto do miocárdio e tromboembolismo venoso, que são frequentemente relatados com monoterapia com suplemento de cálcio.

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