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Suplementação e sua necessidade em todas as fases da vida

Os micronutrientes, vitaminas e minerais, são compostos inorgânicos essenciais para o bom funcionamento do organismo, pois participam como cofatores de diversas reações. Estão presentes na natureza e os alimentos são nossa maior fonte desses nutrientes. (1)

Embora estejam em todos os grupos de alimentos, frutas, legumes e verduras (hortaliças) são os alimentos que, por sua ampla variedade, nos fornecem a maior quantidade e variedade de vitaminas e minerais. Para que atinjamos a ingestão adequada de micronutrientes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária de pelo menos 400 gramas de frutas e hortaliças, o que equivale, aproximadamente, ao consumo diário de cinco porções desses grupos de alimentos. No entanto, segundo dados da última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), apenas 22,9% da população adulta brasileira atinge essa recomendação. (2) Além disso, dietas monótonas com baixa densidade de micronutrientes, baixa ingestão de alimentos de origem animal e baixa prevalência de aleitamento materno podem influenciar na adequada ingestão de micronutrientes.

O baixo consumo de fontes alimentares de vitaminas e minerais compromete a saúde dos indivíduos, aumentando situações de deficiência, como a anemia, e comprometendo, por exemplo, o funcionamento do sistema imunológico e crescimento adequado, no caso de crianças. A deficiência de micronutrientes pode ser ainda mais importante, quando atinge grupos específicos, considerados grupos de risco, a saber: bebês e crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes, e idosos, grupos que apresentam aumento de demandas fisiológicas de micronutrientes específicos. (1;3)

Ao nascer, o principal alimento do bebê até os seis meses de vida é o leite materno, alimento único que contém vários componentes imunológicos, citocinas anti-inflamatórias e outros fatores antimicrobianos, mas também a maioria dos micronutrientes necessários para apoiar o seu desenvolvimento. Com relação aos micronutrientes, a composição do leite depende do estado nutricional e alimentação materna, e embora mecanismos homeostáticos garantam a perfeita composição, o leite materno não oferece ao bebê quantidades suficientes de ferro, zinco, vitamina A e vitamina D. Tais deficiências podem persistir mesmo após a introdução de outros alimentos na dieta da criança, sobretudo em países em desenvolvimento e/ou que apresentam grande consumo de alimentos industrializados em detrimento ao consumo de frutas e hortaliças, fato que pode ser agravado pela seletividade alimentar infantil. Assim, para evitar déficit de crescimento, comprometimento do sistema imunológico e atraso no desenvolvimento cognitivo, ferro, iodo, zinco e as vitaminas A, D e C são exemplos de micronutrientes que merecem atenção, sobretudo ferro, vitamina A e vitamina D, cuja suplementação pode ser necessária para bebês e crianças na fase pré-escolar.  (3-5)

A adolescência é uma importante fase de crescimento, marcada também por mudanças hormonais e fisiológicas. Além de apresentarem mudanças no comportamento alimentar, com preferência por alimentos de baixa densidade nutricional, há aumento na necessidade de alguns nutrientes, como proteínas, cálcio, ferro, zinco e as vitaminas A, D, E, C, B12 e ácido fólico, que podem diferir entre meninos e meninas.  A menarca, no caso de meninas, o pico de desenvolvimento ósseo são eventos importantes dessa fase, que justificam maiores necessidades especificamente de ferro e cálcio, respectivamente. Porém, nota-se neste grupo grande preferência pelo consumo de alimentos industrializados e refrigerantes, que não só contribuem para o baixo consumo de micronutrientes, como aumentam a ingestão de fatores antinutricionais, como cafeína, fitatos, oxalatos e taninos, comprometendo a absorção desses nutrientes. Assim, diante de alimentação inadequada e presença de sinais e sintomas de deficiência, recomenda-se a suplementação de micronutrientes isolados ou de múltiplos micronutrientes, a fim de assegurar o desenvolvimento adequado de adolescentes. (3; 6-8)

A ingestão alimentar materna durante a gravidez precisa atender ao aumento da demanda nutricional para manter o metabolismo e apoiar o desenvolvimento adequado do feto. Atualmente, sabe-se, inclusive, que o estado nutricional pré-concepção precisa de atenção, fase em que baixos níveis de nutrientes como ácido fólico, cálcio, vitaminas B6 e B12, nutrientes antioxidantes (vitaminas A, E e C, zinco e selênio) e ácidos graxos essenciais podem comprometer a fertilidade materna e paterna e os estágios iniciais da concepção. Durante a gestação, o aporte adequado de micronutrientes garante a saúde materna e o desenvolvimento do feto, sobretudo dos sistemas nervoso, cognitivo, imunológico e ósseo, com destaque para cálcio, ferro, iodo, zinco, selênio, ácido fólico e as vitaminas A, C, D e E, sendo recomendada a utilização de suplementos de múltiplos nutrientes durante a gestação, que poderá ser estendida para a fase de lactação. Durante a fase de lactação, há um incremento nas necessidades energéticas e nutricionais da mãe e, como já vimos, o estado nutricional materno garantirá a produção adequada de leite. (6, 9-12)

O processo de envelhecimento é contínuo, com início do declínio funcional a partir dos 30 anos, é marcado por alterações fisiológicas em todos os órgãos e sistemas. Ganha destaque, principalmente pela importância sobre a saúde e qualidade de vida, as alterações musculares, ósseas, imunológicas e neurológicas, situações em que a alimentação tem impacto direto e positivo na prevenção de complicações clínicas. Durante o envelhecimento, no entanto, mudanças no padrão alimentar, digestão e metabolismo de nutrientes comprometem a ingestão de grupos alimentares importantes, como carnes e ovos, laticínios, leguminosas e hortaliças, ao mesmo tempo que se observa demanda aumentada por cálcio, vitamina D e nutrientes antioxidantes (vitaminas A, E e C, zinco e selênio), além de aminoácidos e ácidos graxos essenciais. As atuais recomendações para o manejo adequado de situações clínicas como sarcopenia, fragilidade, osteopenia e osteoporose, imunosenescência e declínios cognitivos indicam a suplementação de múltiplos nutrientes como terapia coadjuvante ou principal de tais condições. (1, 3, 6, 13)

É reconhecido que deficiências de micronutrientes e ingestão alimentar inadequada são comuns em todo o mundo e certos micronutrientes podem apresentar deficiências em diferentes estágios do curso de vida, inclusive na presença de doenças crônicas. (14) O estilo de vida atual e o consumo de dietas de baixa densidade nutricional aumentam o risco de deficiências nutricionais, assim, médicos e nutricionistas devem sempre estar atentos às manifestações de deficiências nutricionais e consumo alimentar de seus pacientes, e, quando necessário, indicar a suplementação de múltiplos nutrientes mais adequada a eles.

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