Os minerais são elementos inorgânicos, essenciais ao bom funcionamento do organismo, crescimento e metabolismo e, de acordo com a necessidade de ingestão, podem ser classificados como macrominerais, quando a necessidade de ingestão igual ou superior a 100mg/dia (ex.: cálcio, magnésio, potássio, e fósforo), ou microminerais, quando a necessidade de ingestão diária é menor que 100mg (ex.: cromo, cobre, magnésio, cobalto, molibdênio, ferro, selênio e zinco).1,2
Os minerais são naturalmente ingeridos na forma inorgânica através alimentação, porém nessa forma química, eles estão mais susceptíveis a interações entre si e com outros nutrientes, como as vitaminas, assim, dificilmente conseguimos absorver e utilizar todo o conteúdo de minerais disponíveis nos alimentos que consumimos³. O mesmo acontece quando ingerimos suplementos alimentares que contêm minerais na forma inorgânica, normalmente ligados a outros compostos químicos, como cloretos, sulfatos, carbonatos e óxidos. Nesta composição, os minerais possuem uma menor biodisponibilidade, ou seja, uma menor capacidade de absorção e de atender as demandas fisiológicas dos tecidos orgânicos, por isso, busca-se a suplementação através de minerais quelados ou orgânicos¹.
São conhecidos como minerais quelados ou orgânicos os minerais que se ligam a agentes quelantes, tais como aminoácidos, peptídeos, polissacarídeos complexos e ácido etileno-minotetraacético (EDTA)¹, dessa forma, há um aumento na disponibilidade biológica, solubilidade e estabilidade do mineral, que passa a ser melhor aproveitado pelo organismo.
Diversos estudos têm comparado os efeitos da suplementação de minerais inorgânicos com os minerais quelados, tanto em humanos como em animais. Em animais, já foi observado que na presença de suplementação de minerais quelados, estes apresentam maior digestibilidade, absorção e retenção no organismo4, além de aumento significativo nas concentrações séricas e menor excreção do que os minerais inorgânicos5.
Em humanos, observa-se que a suplementação de ferro quelado, por exemplo, aumenta os níveis séricos de hemoglobina e ferritina em gestantes6 e causa menos desconfortos gastrointestinais quando comparado a suplementação de sulfato ferroso7. Além de necessitar de uma menor quantidade de suplementação, a biodisponibilidade de outros minerais, como cálcio, zinco e magnésio, também é melhor na forma quelada quando comparada às formas inorgânicas1,2.
Assim, entende-se que a oferta de suplementos alimentares compostos por minerais quelatos seja mais bem aproveitada principalmente por pacientes que apresentam necessidades nutricionais elevadas ou alteração da capacidade de absorção, como idosos, gestantes, pacientes que realizaram cirurgia bariátrica e com alterações intestinais.
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