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Restrição energética intermitente ou contínua possuem efeitos semelhantes sobre a saúde cardiometabólica em indivíduos com obesidade central

Estudo avaliou os efeitos a curto prazo do jejum intermitente sobre a sensibilidade insulínica e mecanismos cardiometabólicos relacionados. Para isso, recrutaram 86 voluntários entre 35 e 75 anos que possuíam circunferência da cintura relacionados a alto risco cardiometabólico (>102 e >88 para homens e mulheres, respectivamente). Foram coletados dados antropométricos e amostras de sangue, estimado o gasto energético basal dos participantes e estes foram  randomizados em grupo que realizou restrição energética contínua (REC) e grupo que realizou restrição energética intermitente (REI), sendo que ambos receberam a mesma quantia de calorias e nutrientes por quilograma.

Os participantes eram, na maioria, pré hipertensos, com níveis de colesterol aumentados e glicemia de jejum normal, com IMC médio de 31kg/m². Ambos os grupos tiveram redução significativa de peso (-2,6 e -2,9 %, REC e REI), de circunferência de cintura, de IMC, % de gordura corporal e ingestão energética. A taxa metabólica basal não diferiu entre os grupos, porém o grupo REI apresentou uma redução significativa desta variável (p=0,006). A sensibilidade insulínica aumentou significativamente (p<0,001) e a resistência insulínica, insulinemia e glicemia reduziram significantemente em ambos os grupos (p<0,005). Não houve alterações nos lipídeos plasmáticos, hormônios relacionados aos lipídeos ou escore inflamatório.

Assim, os autores concluíram que dietas de REC ou REI de curto prazo são comparáveis em relação aos seus efeitos na maioria dos marcadores de risco cardiometabólico. A inferência mais lógica é que a perda de massa gorda seria o principal motor de melhoria da sensibilidade à insulina e de outros marcadores de saúde cardiometabólica, e que moderada flutuações na cetogênese não estariam relacionadas à esses resultados.

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