Já são 8,9% da população brasileira diagnosticada com diabetes, segundo dados do Ministério da Saúde. E a doença, mesmo sem ter uma cura, pode ser controlada ao decorrer da vida, inclusive entre as pessoas mais velhas, a fim de evitar consequências mais graves à saúde.
E uma dessas decorrências, a relação entre o cérebro do idoso e o diabetes, foi analisada por cientistas em um estudo divulgado no Annals of the New York Academy of Sciences. A pesquisa teve como intuito analisar tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 em relação ao declínio cognitivo ao decorrer da idade, e apontou que ambos os tipos estão associados a diminuições que variam de leves a moderadas na função cognitiva.
Ainda assim, mais estudos precisam ser feitos para concluir o verdadeiro impacto que a doença pode trazer ao cérebro das pessoas mais velhas.
Impacto no cérebro
Segundo a nutricionista clínica Ana Carolina Vicedomini, o diabetes, principalmente em indivíduos idosos, tem sido relacionado com déficits cognitivos e síndromes geriátricas. Isso porque o tipo 2 da doença é geralmente diagnosticado em uma idade mais avançada e é comumente associado à obesidade, resistência à insulina e hipertensão, que podem também ter um impacto negativo no cérebro.
Os déficits cognitivos, incluindo velocidade para processar informações, eficiência psicomotora, memória, atenção e função executiva, quando somados à presença de hiperglicemia, também podem aumentar a incapacidade física, trazendo dificuldades na realização de atividades da vida diária.
Por esse motivo, diversos trabalhos têm procurado explicações para a associação entre diabetes e disfunções cognitivas, mas seu mecanismo ainda não está compreendido.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.