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4 mitos e verdades sobre alimentação e HIV

Uma mulher segurando uma fita vermelha, representando o dezembro vermelho. A relação entre alimentação e HIV pode garantir melhores condições de saúde para as pessoas infectadas com o vírus

Pacientes infectados com o vírus HIV podem precisar de mudanças na alimentação, a fim de garantir um equilíbrio nutricional que dê condições para que o organismo absorva os nutrientes da maneira mais adequada.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos e crianças infectados pelo vírus HIV devem consumir alimentos que garantam a ingestão completa de micronutrientes diários. No entanto, temos que ficar atentos ao risco de deficiências nutricionais, como de vitamina A, zinco e ferro.

Alimentação e HIV: o que é mito e o que é verdade?

A seguir, a nutricionista Roberta Lara responde alguns mitos e verdades a respeito da alimentação saudável para quem tem o vírus HIV, confira:

Portadores de HIV precisam de uma alimentação específica | Imagem: Shutterstock

Verdade. Roberta Lara afirma que os pacientes necessitam de uma alimentação que atenda suas necessidades individuais, especialmente em relação ao aumento dos níveis dos linfócitos T CD4, que é o principal mecanismo relacionado com o desenvolvimento da doença AIDS e o aparecimento de sintomas.

O tratamento da AIDS não atrapalha nas escolhas nutricionais diárias

Mito. A nutricionista diz que o tratamento possui alguns efeitos colaterais por causa dos medicamentos utilizados, sobretudo, de caráter gastrointestinal. “Por isso, a adequação alimentar deve envolver a melhora da absorção intestinal de nutrientes e a diminuição dos agravos provocados pela diarreia, em seus diferentes graus de comprometimento”, aponta. Além disso, Roberta conta que é possível observar uma perda significativa de massa muscular e a chamada Síndrome da Lipodistrofia, que pode causar aumento nos níveis séricos de colesterol, triglicérides e de glicemia, além de mudança na distribuição da gordura corporal com acúmulo de gordura no abdômen, região peitoral, nas vísceras e perda de tecido adiposo na face, nádegas e membros inferiores e superiores. No entanto, essas duas condições também podem ser controladas com um consumo certo de nutrientes, seja integrado na rotina alimentar ou na forma de suplementos.

A dieta de quem tem HIV não deve ter fontes de gordura

Mito. A dieta direcionada ao paciente, de acordo com Roberta, deve ser equilibrada em todos os nutrientes: carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, assim como qualquer outro tipo de intervenção dietética em outras doenças. Contudo, ela ressalta que alguns compostos ativos encontrados em alimentos de origem vegetal podem favorecer o reforço da imunidade, que é o principal objetivo do tratamento. “As frutas em geral, as sementes, os legumes e até mesmo as especiarias naturais, como cúrcuma e gengibre, são boas indicações no cardápio desse paciente, a fim de ajudar na minimização do aparecimento de infecções oportunistas”, pondera.

A suplementação de nutrientes pode ajudar os pacientes com HIV

Verdade. A suplementação também pode ser uma estratégia eficiente para enriquecer a alimentação e reforçar o aporte nutricional. “Os suplementos alimentares à base de proteínas e aminoácidos são orientados a fim de amenizar a degradação da musculatura (chamada de catabolismo proteico) ocasionada por alterações fisiológicas, principalmente no paciente com a AIDS já em progresso”, diz a nutricionista. Vale ressaltar que a suplementação de micronutrientes também pode ser pensada e é baseada nas deficiências apresentadas por cada pacientes. Independente do tipo, ela só deve ser feita sob orientação de um profissional de saúde

 

Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

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