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Quais os tipos de cálcio mais usados em suplementos alimentares?

O cálcio é um dos principais minerais para o corpo humano. Além de ser o mais abundante, sendo responsável por cerca de 1 a 2% do peso corporal, ainda possui importantes funções estruturais e funcionais, participando da formação e manutenção dos ossos, regulação da função neuronal e contração muscular.

Nossa necessidade de ingestão de cálcio varia ao longo da vida, um adulto precisa, em média, de 1000mg por dia, quantidade que pode ser facilmente atingida através da alimentação equilibrada. O mineral é encontrado, principalmente em leite e derivados e nos vegetais de folhas verdes, porém, no Brasil, a ingestão diária de cálcio através desses alimentos é baixa, variando em torno de 300 a 500mg ao dia. Por isso, muitos profissionais optam por indicar a suplementação desse mineral aos seus pacientes.

Os suplementos a base de cálcio são bastante populares em farmácias e lojas de suplementos, encontrados na forma de cálcio quelado e sais de cálcio, como acetato, lactato, gluconato, citrato, malato, glicina e carbonato, cuja absorção varia de 25 a 40%. O carbonato de cálcio é a forma preferida, pois, devido ao seu peso molecular baixo, os comprimidos costumam ter um tamanho menor, além do custo que também é menor. Sais de cálcio na forma de citrato, malato e glicina também tem sido bastante utilizados em suplementos. Oxalato de cálcio e hidroxiapatita possuem absorção aproximada de 10%, não sendo indicados para suplementação.

É importante considerar que a absorção intestinal do cálcio é reduzida na presença de fibras e saturável, assim o ideal é que a oferta de cálcio seja gradual ao longo do dia, não ultrapassando 500mg por dose. A oferta da suplementação junto a refeição também melhora a absorção do mineral e para pacientes com acloridria, doença inflamatória intestinal ou distúrbios de absorção o citrato de cálcio parece ter melhor absorção. Excesso de cafeína e sódio aumentam a excreção renal de cálcio.

Cabe ressaltar, também, que o excesso no uso de suplementos também é prejudicial, podem causar desconfortos gastrointestinais como constipação, inchaço e pedras nos rins, e algumas evidências sugerem que eles podem causar um pequeno aumento no risco de infarto do miocárdio. Dessa forma, o profissional deve considerar os benefícios da suplementação de forma individualizada.

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