Cultivado há milênios pelos egípcios, o melão é uma fruta nutritiva e bastante versátil, que se espalhou pelos quatro cantos do planeta. Composto por 90% de água e 10% de outros componentes, esse alimento combina com bolos, geleias, sorvetes e até mesmo pratos salgados, como saladas e sopas.
Porém, muita gente fica com um pé atrás na hora de comer a fruta. Algumas dúvidas persistem, como por exemplo: comer melão de noite faz mal? E quem tem diabetes, pode consumir o alimento à vontade?
Para sanar essas e outras questões, esclarecemos os principais mitos e verdades a respeito do melão a seguir, baseado em estudos científicos:
Conteúdo
4 mitos e verdades sobre o melão
Comer melão de noite faz mal
Parcialmente verdade. Não existem estudos que comprovem malefícios relacionados ao consumo da fruta durante a noite, especificamente. Porém, sabe-se que por ser um alimento riquíssimo em água, ele pode aumentar o acúmulo de líquidos no organismo, e consequentemente, a micção (a vontade de fazer xixi).
Por isso, a orientação é evitar a fruta horas antes de dormir para que a necessidade de ir ao banheiro não atrapalhe a noite de sono, desencadeando possíveis casos de insônia ou estresse noturno. Mas isso não necessariamente significa que comer o melão de noite faz mal à saúde, apenas que pode atrapalhar a higiene do sono.
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A fruta pode ajudar a eliminar o sódio no organismo
Verdade. Além de auxiliar na questão da hidratação do organismo, um dos principais nutrientes presentes no melão é o potássio. Em uma fatia de 100g da fruta, é possível encontrar aproximadamente 173 mg do mineral, que pode ajudar a expulsar o excesso de sódio no organismo, prevenindo problemas ligados à hipertensão arterial.
Leia também: menos sódio e mais potássio: o combo nutritivo para a dieta
O melão pode ajudar no controle glicêmico em diabéticos
Parcialmente verdade. Alguns estudos feitos em camundongos apontaram um possível efeito antidiabético relacionado ao consumo do extrato de melão amarelo. Porém, ainda não existem provas científicas em humanos de que o melão seja capaz de controlar a glicemia.
Contudo, isso não quer dizer que o melão seja proibido para consumo entre quem tem diabetes. Além de conter fibras, uma porção moderada da fruta possui baixo índice glicêmico se comparada a outros alimentos, podendo ser uma opção nutritiva para o café da manhã ou lanche da tarde, por exemplo.
A casca e as sementes do melão são tóxicas e não podem ser consumidas
Mito. Tanto as sementes quanto a casca da fruta são excelentes fontes alimentares, que podem ser reaproveitadas na cozinha. Com a casca, é possível preparar compotas, sucos e até levá-la ao forno com legumes. Já as sementes, podem ser tostadas para compor pratos como saladas e acompanhar iogurtes e vitaminas.
Ambas são opções ricas em flavonoides e em compostos fenólicos que podem atuar como antioxidantes no organismo, prevenindo o risco de doenças infecciosas.
Veja a seguir outras opções de reaproveitamento de cascas de frutas:
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referência bibliográfica:
TBCA, 2020.
Shivapriya M. et. al. Nutritional Composition and Health Benefits of Various Botanical Types of Melon (Cucumis melo L.). Plants, 2021.
Arvind K. et al. Antidiabetic and antihyperlipidemic activities of Cucumis melo var. momordica fruit extract on experimental animals. Future Journal of Pharmaceutical Sciences
Rolin M. et al. Phenolic profile and antioxidant activity from peels and seeds of melon (Cucumis melo L. var. reticulatus) and their antiproliferative effect in cancer cells. Braz. J. Med. Biol., 2018.