Falta de energia e disposição, fraqueza, tonturas… se você convive com um idoso fique atento, esses sintomas podem indicar deficiência de ferro, uma das principais causas de anemia em idosos.
A anemia é considerada uma questão importante de saúde pública e afeta, principalmente, crianças em fase de crescimento, mulheres (principalmente durante a gestação), pessoas com doenças crônicas e idosos.
Pode ser causada por diversos fatores, mas a deficiência de ferro é o motivo mais comum. O ferro é um mineral de extrema importância para a saúde humana, pois é ele quem transporta todo o oxigênio pelo nosso corpo, através da hemoglobina, e, quando deficiente, compromete funções importantes, como a produção de energia.
A anemia ferropriva, causada pela deficiência do ferro, é caracterizada pelos baixos níveis sanguíneos de hemoglobina. Em condições normais, a hemoglobina deve ficar entre 12 e 16 g/dl nas mulheres e entre 13,5 e 17,5 g/dl em homens. Mas vale dizer que a anemia pode ser causada, também, pela deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico.
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Como identificar anemia em idosos?
A anemia deve ser diagnosticada pelo médico ou nutricionista através de exame que indicará a quantidade de hemoglobina no sangue. Valores abaixo dos mencionados acima, indicam a presença de anemia no idoso.
No entanto, alguns sinais podem evidenciar uma possível deficiência de ferro e servem de alerta para que o exame de sangue seja realizado para comprovar a presença de anemia. Esses sintomas são:
- Fadiga generalizada;
- Fraqueza e tonturas;
- Falta de apetite;
- Palidez de pele e mucosas (principalmente na parte interna do olho e gengivas);
- Menor disposição para realizar atividades diárias e apatia.
Caso o idoso apresente algum desses sintomas, é melhor procurar um médico geriatra ou nutricionista especializado no atendimento a idosos.
Por que o idoso é um grupo de risco para anemia?
Ao longo da vida passamos por diversas mudanças no corpo que resultam na forma como nos alimentamos, aproveitamos os nutrientes e reagimos a presença de doenças. Na velhice, algumas dessas mudanças, entre outros fatores, contribuem significativamente para o aparecimento da anemia. São elas:
- Diminuição da ingestão de alimentos fonte de ferro, vitamina B12 e ácido fólico;
- Aumento do consumo de alimentos como cereais, leite e derivados, chás e café;
- Presença de desnutrição;
- Perda de sangue no estômago, intestino ou qualquer outra parte do trato gastrointestinal;
- Diminuição da absorção de ferro, vitamina B12 e ácido fólico, em razão da presença de gastrite ou doenças intestinais, por exemplo;
- Uso crônico de medicamentos como inibidores da bomba de prótons (ex.: omeprazol), antiinflamatórios (ex.: ibuprofeno) ou salicinatos (AAS);
- Condições inflamatórias crônicas (ex.: câncer)
Como prevenir e tratar a anemia em idosos?
Inicialmente é importante melhorar a diversidade e a qualidade da dieta, priorizando a oferta de alimentos fonte de ferro, vitamina B12 e ácido fólico.
Considerando que a deficiência de ferro é a principal causa de anemia em idosos, é importante aumentar a oferta de alimentos ricos no mineral, como carnes, principalmente carne bovina, leguminosas como o feijão e os vegetais verde-escuros.
Vale destacar que a absorção do ferro oriundo de fontes animais é significativamente melhor que aquelas de fonte vegetal. Portanto, para otimizar a absorção do material deve-se:
- Aumentar o consumo de outros nutrientes que favorecem a absorção e metabolismo do ferro: vitamina C, vitamina E, zinco e cobre;
- Ajustar os horários em que forem consumidos alimentos ricos em cálcio (leite e derivados);
- Reduzir o consumo de chá e café, principalmente em horários próximos às refeições principais (almoço e jantar)
Uma vez identificada a anemia, é possível que o idoso necessite de algum tipo de suplementação de ferro. Essa suplementação pode ser oral ou intravenosa (através de soro direto na corrente sanguínea), mas só o médico ou nutricionista, diante do exame de sangue, poderá indicar a melhor estratégia a ser usada.
A anemia em idosos pode ser um importante fator de risco para o surgimento de complicações como declínio cognitivo, maior tempo de internação hospitalar, maior risco de infecções e mortalidade. Portanto, merece atenção e cuidado adequado para um diagnóstico e tratamento precoces.
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referências
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