O papel dos profissionais como comunicadores em saúde é essencial na luta pela segurança alimentar da população brasileira.
Por definição, “Segurança Alimentar” consiste no acesso físico, social e econômico a uma alimentação que seja suficiente, segura, nutritiva e que atenda às necessidades nutricionais e preferências alimentares dos indivíduos e das comunidades.
Infelizmente, a insegurança alimentar toma conta do nosso país: em 2020, já eram 19 milhões de pessoas enfrentando a fome em seu cotidiano. Diante deste cenário, somado às projeções de crescimento populacional nos próximos anos, como garantir que o alimento chegue na mesa de todos os brasileiros, e qual é o papel do profissional de saúde nesta luta?
Para desvendar esses questionamentos, contamos com a ajuda da nutricionista Bianca Naves, profissional certificada em Medicina do Estilo de Vida, especialista em Nutrição em Cardiologia e Nutrição Esportiva pela USP e idealizadora do movimento Dieta Inclusiva.
Em primeiro lugar, por que discutir Segurança Alimentar?
Atualmente, a Segurança Alimentar precisa ser cada vez mais discutida, considerando que seu conceito está longe de ser contemplado para uma grande parcela da população brasileira.
Além disso, as projeções futuras indicam um agravamento desta questão: apesar de presenciarmos uma produção anual de 4,3 bilhões de toneladas de alimentos, sabemos que essa produção não será suficiente para alimentar a população crescente, que será de 10 bilhões em 2050.
Neste sentido, o debate sobre estratégias que visem produções agrícolas viáveis e ambientalmente sustentáveis é imprescindível para garantir a segurança alimentar atual, bem como das gerações futuras.
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Produção de alimentos e combate à fome
Segundo a nutricionista Bianca Naves, quando pensamos em uma agricultura adequada, sustentável, viável, e que seja capaz de alimentar mais de 200 milhões de brasileiros, o uso de tecnologia é indiscutível.
Para isso, contamos com a biotecnologia, uma das ferramentas disponíveis para otimizar a produção alimentar de forma sustentável, permitindo o desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas.
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Além disso, nas palavras da profissional, a produção em grande escala necessita de terras altamente produtivas e com boa qualidade, que podem ser conseguidas a partir do uso de fertilizantes aprovados e certificados, bem como de defensivos agrícolas utilizados para o manejo de pragas. Deste modo, apesar da agricultura orgânica ter seus benefícios, é insustentável para garantir alimentos na mesa de todos os brasileiros.
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E afinal, qual é o papel dos profissionais de saúde?
De modo geral, Bianca chama atenção para a necessidade dos profissionais em exercer o papel de comunicadores em saúde, informando seu público sobre assuntos referentes ao combate à insegurança alimentar, e ajudando a esclarecer dúvidas sobre o tema.
Para ter acesso à entrevista completa, ouço ao nosso podcast!
Este conteúdo faz parte do projeto “Indique a Feira”.
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