Estudo aponta que gengibre poderia prevenir a obesidade

Postado em 4 de maio de 2019 | Autor: Redação Nutritotal

Confira o que a ciência vem descobrindo sobre o ingrediente e como inclui-lo em preparos saudáveis

gengibre

O gengibre pode ser consumido em bebidas como chás e sucos | Imagem: Shutterstock

Composta por vitaminas do complexo B e minerais como magnésio, cobre e potássio, a raiz do gengibre pode ser um alimento muito útil para quem busca variedade de tempero para cozinhar carnes, frangos, caldos e sopas. Agora, um novo estudo sugere que o gengibre possa também prevenir o desenvolvimento da obesidade.

A constatação veio de uma pesquisa realizada em camundongos e divulgada pelo European Journal of Nutrition. O estudo apontou que o gengibre poderia ser capaz de regular a microbiota intestinal depois de uma sucessão de testes. Como resultado, os cientistas descobriram a possibilidade de haver reduções acentuadas no peso corporal e na inflamação de baixo grau, bem como na melhora da resistência à insulina dos camundongos alimentados com gengibre.

Mesmo assim, mais estudos são necessários para comprovar o resultado, em especial em humanos. Além disso, a nutricionista Viviane Lago explica que os efeitos do gengibre, pensando no uso culinário, podem acabar sendo de baixa relevância, já que utiliza-se pequenas quantidades do ingrediente.

 “O componente que confere o sabor picante à raiz é o gingerol. É ele que também pode apresentar atividade antioxidante e anti-inflamatória, o que torna o gengibre um alimento com propriedades positivas para o organismo”, Viviane Lago, nutricionista

Gengibre: a raiz digestiva

Segundo Viviane, há vários efeitos para a saúde que podem ser atribuídos ao uso do gengibre. “Entre os benefícios, destacam-se a melhora da digestão, pois aumenta a facilidade dos alimentos se moverem no intestino. É útil também em casos de gastrite, azia e enjoo”, salienta.

E seu uso pode ser incluído de diversas maneiras na alimentação diária, em preparações doces ou salgadas, sendo encontrado como pó, conserva ou desidratado, de acordo com a nutricionista. A forma de decocção, o popular chá, é bem comum. “Seu preparo consiste em deixar um pedaço do gengibre fervendo na água por aproximadamente 5 a 7 minutos. Pode ser tomado quente ou esperar esfriar e tomar gelado. Neste caso é possível misturar com frutas e beber como suco. Também dá para colocar um pedaço do gengibre na água, diretamente, para contribuir na aromatização da bebida, mesmo que isso não traga efeitos terapêuticos”, sugere.

Aliás, para ter os efeitos terapêuticos do gengibre, Viviane ressalta que é importante o acompanhamento de um profissional de nutrição habilitado, considerando que existe quantidade adequada, além de indicações e até mesmo contraindicações do alimento em cada caso.

 

Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

Referências bibliográficas:

Viviane Lago é nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo (SP). Mestre em Ensino em ciências da saúde pelo CEDESS Unifesp, possui especialização em Adolescência para equipe multidisciplinar pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), pós-graduação em Docência no ensino superior pelo Senac e pós-graduação em Fitoterapia aplicada pela Medicalex. É consultora da Asbran, coordenadora de cursos intensivos e de pós-graduação e presidente da APFit – Associação Paulista de Fitoterapia (gestão 2018 -2021).

Wang, J., Wang, P., Li, D. et ai. Beneficial effects of ginger on prevention of obesity through modulation of gut microbiota in mice. Eur J Nutr (2019).

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