5 mudanças na dieta de quem faz hemodiálise

Postado em 8 de fevereiro de 2019 | Autor: Redação Nutritotal

Veja o que vale a pena investir no cardápio e o que é melhor evitar para cuidar dos rins

Quando um dos rins para de funcionar, o paciente pode ser submetido à hemodiálise, um tratamento que remove do sangue os líquidos e substâncias consideradas tóxicas no organismo, substituindo a função do órgão com insuficiência. Por conta desse procedimento, adequar a dieta desse paciente é fundamental para que não ocorram problemas na filtragem do sangue.

Pensando em ajudar pessoas que necessitam fazer essa mudança, separamos cinco dicas de cuidados na alimentação para quem precisa submeter a uma hemodiálise. Confira:

A dieta da hemodiálise

Confira os nutrientes que valem ser inseridos na dieta nesse período (e aqueles que é melhor evitar)

Mulher sentada comendo prato com verduras

Alimentação deve ser equilibrada | Imagem: Shutterstock

1. Coma proteína

Para pacientes em regime de hemodiálise, não é obrigatória a restrição proteica. Cada paciente deve ser tratado individualmente, sendo o padrão de recomendação de proteína da dieta semelhante ao de indivíduos normais: 1,2 g/kg de peso ideal ou desejável/dia (em manutenção) e de 1,2 a 1,4 g/kg de peso ideal ou desejável/dia (em condições de repleção, quando o órgão se encontra cheio de líquidos ou gás). Deste valor, mais da metade da quantidade de proteína ingerida deve ser de alto valor biológico, como é o caso de ovo, leite, carne bovina, peixes e aves.

2. Atenção às calorias

Quanto ao valor calórico da dieta e percentuais de gordura e carboidrato, novamente deve-se ter em mente que cada paciente é um caso diferenciado a ser estudado. O primeiro nutriente a ser calculado é a proteína, depois se completa o valor calórico da dieta com as gorduras (lipídeos) e os carboidratos. Geralmente, quando não há diabetes ou hipertrigliceridemia, os carboidratos são boas opções no cardápio, e devem ser priorizadas as fontes integrais.

3. Fique longe do sódio

Pacientes com problemas renais devem restringir ao máximo o uso de sal de cozinha (sódio) a fim de controlar a pressão arterial e evitar o acúmulo de líquidos no organismo. Vale ficar de olho também em outros alimentos ricos em sódio e evitá-los. A quantidade diária de ingestão deste nutriente deve ser individualizada, no entanto, a recomendação geral é de até 2.400mg/dia.

4. Calcule a quantidade de líquidos

A ingestão de líquidos permitida ao dia é calculada a partir do volume residual urinário de cada paciente nas últimas 24 horas, adicionando mais 500 ml de líquidos para o bom funcionamento do organismo. E lembre-se que sucos, gelos e caldos também devem ser considerados como líquidos, não somente a água.

5. Potássio sob controle

A quantidade desse eletrólito consumida ao dia deve ser controlada por meio de exames de sangue. E quando estiver acima do normal, é necessária restrição alimentar das principais fontes de potássio, como hortaliças, leguminosas e oleaginosas. Uma dica importante aos pacientes que estão em hemodiálise é que o processo de cozimento em água promove a perda significativa de potássio nos alimentos.

 

Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

Referências bibliográficas

Cuppari L et al. Doenças renais. In: Cuppari L. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina – nutrição clínica no adulto. 1a ed. São Paulo: Manole. 2002.

Martins CM, Riella MC. Nutrição e hemodiálise. In: Riella MC e Martins CM. Nutrição e o rim. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2001.

Cabral PC, Diniz AS, Arruda IKG. Avaliação nutricional de pacientes em hemodiálise. Rev. Nutr. 2005.

Harold Simmons Center for Kidney Disease Research and Epidemiology, Division of Nephrology and Hypertension, University of California Irvine, Orange, California (EUA).

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