Após fazer um exame de sangue, você já deve ter se deparado com algumas siglas que não são tão familiarizadas no nosso dia a dia. Na parte do colesterol, por exemplo, termos como colesterol VLDL, HDL e LDL são apresentados. Mas o que significam essas abreviações?
Antes de mais nada, é preciso explicar o que é o colesterol. Trata-se das gorduras presentes no organismo, que são necessárias para a produção de vitaminas, ácidos e hormônios fundamentais para a saúde humana.
Quando existe um excesso nessas gorduras, elas podem acabar se acumulando no nosso organismo, principalmente nas artérias, levando a doenças como infarto e acidentes vascular cerebral (AVC). Por isso, é importante que elas estejam em equilíbrio, e é aí que entram as letrinhas que aparecem nos exames.
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Colesterol VLDL, LDL, HDL: o que significam?
Para te ajudar a compreender as principais siglas usadas na classificação dos tipos de colesterol, separamos cada uma delas a seguir, de acordo com a diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia e estudos científicos:
Colesterol HDL
A sigla HDL vem do termo em inglês “high density lipoprotein”, que pode ser traduzida como lipoproteína de alta densidade. Ela é conhecida popularmente como “colesterol bom” e é capaz de proteger o coração do acúmulo dos outros tipos de colesterol de baixa densidade.
Nos exames, a recomendação é que seus valores estejam acima de 40 mg/dl, e para que isso seja possível, é necessário seguir hábitos saudáveis no dia a dia, como a prática de exercícios físicos, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e, principalmente, seguir uma dieta equilibrada.
Alguns alimentos podem contribuir para o aumento do colesterol HDL no organismo, tais quais abacate, azeite de oliva, oleaginosas e peixes como o salmão e o atum.
Colesterol LDL
Na contramão do HDL, a sigla LDL é a abreviação do termo “low density lipoprotein”, ou seja, lipoproteína de baixa densidade, o famoso “colesterol ruim”. Causado por fatores como obesidade, tabagismo e sedentarismo, ele é considerado alto em exames a partir de 130 mg/dl para a maioria da população.
Outro fator fundamental e responsável pelo aumento do LDL no organismo é o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras. Por isso, sugere-se a readequação da dieta, por meio de ajuda nutricional, para diminuir ou manter em equilíbrio os valores desse tipo de colesterol.
Colesterol VLDL
Proveniente do fígado, esse tipo de colesterol vem da sigla “very low density lipoprotein”, ou traduzido como lipoproteína de densidade muito baixa. Sua função no organismo inclui o transporte de substâncias como os outros tipos de colesterol e os triglicerídeos pela corrente sanguínea.
Nos exames, o alto valor no colesterol LDL ou nos triglicerídeos pode indicar que o VLDL também está alto. Isso pode ser um indicativo de maior risco de obstrução dos vasos sanguíneos, condição também associada a hipertensão, obesidade e doenças do coração.
Contudo, os valores nem sempre são apontados nos exames, já que na maioria das vezes, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os resultados dos outros tipos de colesterol são suficientes para um diagnóstico por parte do médico ou nutricionista.
Colesterol total
Por fim, como o nome sugere, o colesterol total é a soma dos valores dos colesteróis HDL, LDL e VLDL. Seu valor íntegro não deve superar 190 mg/dl nos exames sanguíneos, porém, os casos podem variar de acordo com a quantidade do colesterol HDL.
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referência bibliográfica:
Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose. Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2017.
Britt E. et al. The relation between VLDL-cholesterol and risk of cardiovascular events in patients with manifest cardiovascular disease. International Journal of Cardiology, 2021.