Descubra o que é mito e o que é verdade a respeito do tratamento da chamada APLV
Mais comum em crianças, a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma doença que pode afetar o sistema imunológico mesmo com o consumo de pequenas quantidades do alimento. Podendo causar reações imediatas, como enjoos e náuseas, o quadro costuma trazer incômodo aos pacientes.
Mas afinal, existe cura para alergia ao leite de vaca? Para responder essa pergunta, primeiro, é importante identificar a APLV o quanto antes. Isso porque o diagnóstico precoce agiliza a procura por acompanhamento com um nutricionista. Consultar esse profissional é muito importante no tratamento, pois é ele que irá avaliar como a dieta precisa ser mudada para que o paciente tenha uma vida mais leve.
Entre os sintomas da APLV, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), estão enjoo, náuseas, erupções cutâneas, doenças inflamatórias gastrointestinais, diarreia, constipação, refluxo, entre outros. Se desconfiar do quadro, procure um profissional de saúde para concluir o diagnóstico e receber a orientação adequada, porque embora não exista exatamente uma cura para a alergia ao leite de vaca, é possível tratá-la.
E para saber o que funciona a respeito do tratamento da APLV, listamos alguns mitos e verdades a seguir:
Conteúdo
4 mitos e verdades sobre APLV. Será que existe cura para alergia ao leite de vaca?
Os pacientes podem manter uma boa qualidade de vida com a doença, mas é preciso seguir alguns cuidados.
Não existe cura para alergia à proteína do leite de vaca
Parcialmente verdade. Segundo um estudo divulgado pela ASBAI, não existe nenhum tratamento definitivo para a alergia à proteína do leite de vaca. Porém, os cientistas consideram que o uso de um tratamento medicamentoso indicado por um profissional de saúde associado à restrição absoluta de alimentos que podem causar a alergia podem ajudar a evitar alguns dos sintomas causados pela doença.
A APLV pode ser passada de pai para filho
Verdade. Existem evidências de que fatores genéticos podem ter um papel importante no desenvolvimento da alergia ao leite de vaca. Um estudo feito na Northwestern University, em Chicago (EUA), estima que entre 15% e 35% da alergia possa ser passada entre parentes de primeiro grau. Entretanto, ainda faltam mais estudos conclusivos a respeito dessa relação.
Prebióticos e probióticos podem ser usados na prevenção da doença
Mito. De acordo com a ASBAI, o uso de prebióticos e probióticos ainda carece de mais evidências científicas para que o produto possa ser de fato usado na prevenção ou no tratamento de alergia alimentar. Atualmente, os resultados dos estudos são conflitantes, já que uma microbiota intestinal alterada pode predispor crianças à alergia alimentar por modificar células da pele e do intestino.
Veja também: Bactérias podem prevenir alergia ao leite de vaca
A base do tratamento é nutricional
Verdade. Segundo a ASBAI, a base do tratamento da alergia alimentar é essencialmente nutricional e pode ser apoiada sob dois pilares fundamentais. O primeiro deles é a exclusão de alimentos alérgenos que sejam responsáveis pela reação alérgica com uma substituição apropriada feita pelo nutricionista. E, também, a utilização de fórmulas ou de dietas hipoalergênicas em mulheres que estejam em fase de amamentação.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referências bibliográficas:
Solé D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 – Parte 2 – Diagnóstico, tratamento e prevenção. Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, 2018.
Tsai H. et al. Familial aggregation of food allergy and sensitization to food allergens: a family‐based study. Northwestern University, 2009.