As variações linguísticas no Brasil são bastante recorrentes quando o assunto é gastronomia. Alguns exemplos famosos incluem a tangerina, que também pode levar o nome de mexerica, mimosa e bergamota em algumas regiões. Já a mandioca, é chamada de aipim e macaxeira em outros estados.
Porém, uma dúvida a respeito dessas regionalidades é sobre um tubérculo bastante consumido no país. Será que inhame, cará e taro são o mesmo alimento? Ou não passa de uma confusão na língua portuguesa?
Para resolver essa dúvida, destrinchamos esse quebra-cabeça e explicamos os benefícios desses alimentos baseados em estudos científicos. Confira:
Conteúdo
Inhame, cará e taro: qual a diferença?
É inhame, cará ou taro?
A dúvida é tão complexa que ela precisou ser resolvida em um congresso específico feito pela Associação Brasileira de Horticultura (ABH). Nele, ficou definido que o inhame é a forma comum de nomenclatura para todas as espécies do gênero Dioscorea, que são famosas por serem subterrâneas e com as folhas largas na superfície. A partir disso, existem vários tipos desse alimento, e aí que começa a variação linguística.
A subclasse Dioscorea cayanensis Lam, que é aquela que parece uma mandioca pelo formato mais comprido e estreito, mas com o interior mais esbranquiçado, é a mais famosa forma do inhame, e é a mesma coisa que o cará na região Nordeste.
Já a subclasse Colocasia esculenta (L.) Schott., que é aquela cujo formato lembra uma batata, por ser redonda, mas com a casca mais escura e arroxeada, também é chamada de inhame para quem mora na região Sudeste, mas o nome correto é taro.
Outros tubérculos
Ao analisar toda a família do inhame, é possível encontrar variações que sequer ouvimos falar. Por exemplo, em alguns estados do Nordeste, a subclasse Cayennensis é mais comum em regiões costeiras. Outra popular é o cará-moela, cujo nome científico é Dioscorea bulbifera e lembra um bulbo pelo seu formato mais achatado.
Usos na culinária
Todas as variações do inhame e também o taro podem ser usados da mesma forma na culinária. Um dos usos mais recorrentes é para o preparo de caldos e sopas, já que são alimentos que ajudam a engrossar o líquido. Porém, é possível prepará-los como acompanhamentos, saladas e até mesmo em pratos doces, como creme de frutas e smoothies.
Benefícios à saúde
Todos os tubérculos citados são excelentes fontes nutritivas para a saúde. É possível encontrar uma boa quantidade de vitaminas A e C, além de minerais como potássio, fósforo e cálcio. Eles também são fontes de fibras, que facilitam os processos de digestão do corpo.
Quanto aos potenciais benefícios desses alimentos, a ciência acredita que eles possam ajudar com efeitos terapêuticos no combate a inflamações, atuando como antioxidantes e anticancerígenos. Mas são necessários mais estudos para entender essa relação.
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referência bibliográfica:
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