Existe um conjunto de bactérias dentro do intestino que, quando está em equilíbrio, pode promover benefícios ao nosso organismo, como por exemplo, o fortalecimento do sistema imunológico. Porém, nem sempre esses micro-organismos estarão em sinergia, o que pode ser um indício de uma disbiose.
Esse desequilíbrio na microbiota intestinal possui diversas causas e sintomas, mas um que chama a atenção está na má alimentação. A ciência já sabe que o consumo de certos alimentos podem favorecer o cenário de disbiose, enquanto outros podem ajudar na sua prevenção.
Saiba mais sobre esse distúrbio e como identificá-lo a seguir:
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O que pode causar disbiose?
O desequilíbrio das bactérias do intestino pode surgir de diversas formas. Sabe-se que o uso de antibióticos, lesões e infecções estão ligados a essa variação, por exemplo. Porém, uma dieta que seja rica em proteínas e gorduras e pobre em fibras também pode impactar na saúde intestinal.
Como detectar o desequilíbrio?
Quem está com disbiose passa a sentir sintomas ligados a problemas gastrointestinais, que variam desde enjoos e vômitos até diarreia e gases. Também pode ser perceptível mudanças de humor e quadros de depressão, além de fadiga e cansaço.
Se não identificada a tempo, uma disbiose pode evoluir para comorbidades ainda mais graves, como diabetes, síndrome do intestino irritável e câncer colorretal. Por isso, é preciso procurar um nutricionista para ajudar na identificação do problema por meio de exames clínicos e laboratoriais.
De que forma os probióticos podem ajudar?
Ingerir fontes de probióticos como alguns iogurtes e alimentos fermentados, ou mesmo suplementos com supervisão nutricional, pode auxiliar na recuperação do equilíbrio dos micro-organismos da microbiota.
Estudos comprovam que o uso controlado de probióticos para quem está passando por uma disbiose é capaz de normalizar a colônia de bactérias e, consequentemente, reduzir a ansiedade e melhorar funções cognitivas e comportamentais. Porém, recomenda-se também que o consumo seja feito junto de fontes prebióticas, ou seja, de alimentos ricos em fibras como frutas com casca e verduras.
Como tratar a disbiose intestinal?
A principal forma de se tratar o desequilíbrio de bactérias no intestino está nas mudanças de hábitos alimentares, com um aumento no consumo de fibras e uma diminuição proteica.
Nesses casos, um nutricionista poderá orientar indivíduos com disbiose a como adaptar o cardápio do dia a dia para atender essas necessidades. Também pode ser indicado o uso de suplementos e, em casos mais graves, um transplante fecal.
4 recomendações para prevenir a disbiose intestinal
Esse desequilíbrio da flora intestinal reduz a capacidade de absorção de nutrientes, por isso é fundamental cuidar do quadro.
Consuma probióticos
Os chamados probióticos são microrganismos vivos que podem trazer benefícios à saúde do hospedeiro. Alguns exemplos incluem os Lactobacillus, Bifidobacterium, Streptococcus e Saccharomyces. Eles podem contribuir com o tratamento de diarreia, gastrite por H. pylori, doenças inflamatórias intestinais e doenças hepáticas.
E também prebióticos
Além dos probióticos, um estudo publicado pelo The Turkish Journal Of Gastroenterology investigou os efeitos de prebióticos (componentes que não são digeríveis) e dos simbióticos (que une probióticos e prebióticos). O teste foi feito em crianças que apresentavam sintomas gastrointestinais e que tinham síndrome do intestino irritável. Como conclusão, eles observaram uma redução do inchaço e da constipação após as refeições com esses componentes.
Tenha hábitos saudáveis
As principais causas da disbiose intestinal estão relacionadas à falta de práticas de vida saudáveis. Por esse motivo, ter uma alimentação equilibrada, não fumar, não exagerar na bebida alcoólica e tentar se estressar menos são recomendações que podem ajudar tanto na prevenção quanto no tratamento do quadro.
Consulte um profissional de saúde
Se sentir sintomas como inchaço abdominal ou alteração do hábito intestinal, como alternância entre diarreia e constipação, procure ajuda médica e nutricional para realizar o diagnóstico e seguir uma alimentação adequada para lidar com esses sintomas.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.