Descubra se algumas informações sobre a proteína do trigo são verdades ou mitos
Há mais de 10.000 anos, o glúten é uma proteína presente na alimentação do ser humano, sendo proveniente do trigo. Mas, nos últimos anos, com o avanço da tecnologia, foi possível detectar reações adversas a ele, como a doença celíaca e a sensibilidade não celíaca ao glúten. Porém, a tecnologia também trouxe muitas fake news sobre o glúten nas mídias sociais e aplicativos de conversa.
Apesar de haver informações verdadeiras sendo compartilhadas, também existem mitos que podem causar desinformação. Por isso, para saber se você entende tudo sobre essa proteína, fizemos um quiz para testar seus conhecimentos, confira.
Teste: você sabe o que é fake news sobre o glúten (e o que não é)?
Responda as perguntas a seguir com “verdade” ou “mito”.
1. A doença celíaca faz o paciente ganhar peso.
Essa informação é falsa. De acordo com a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, alguns dos sintomas da doença celíaca incluem diarreia crônica com distensão abdominal e perda de peso, perda de gordura subcutânea, atrofia dos músculos dos glúteos, anorexia, instabilidade emocional, vômitos e anemia. Portanto, os sintomas, provocados pela deficiência nutricional no corpo, podem fazer o paciente perder peso.
É importante salientar ainda que, segundo dados epidemiológicos, pessoas com doença celíaca e excesso de peso também não exibem perda de peso sob uma dieta sem glúten.
2. A aveia precisa ser evitada por quem tem doença celíaca.
A afirmação é verdadeira. Na lista de alimentos que costumam ser excluídos durante a dieta celíaca estão as preparações contendo trigo, cevada, centeio e malte. Além disso, a aveia também deve ser excluída porque normalmente é contaminada com o trigo.
3. A dieta sem glúten pode ser feita por qualquer pessoa.
Acertou quem respondeu que essa informação é falsa. Um estudo feito na Universidade do Chile e divulgado no Annals of Nutrition e Metabolism diz que, embora os benefícios da dieta livre de glúten sejam apoiados para quem convive com a doença celíaca, esse tipo de dieta sem supervisão do profissional de saúde traz riscos.
Alguns deles incluem a deficiências de vitaminas (principalmente vitaminas do complexo B e ácido fólico) e micronutrientes (especialmente ferro e zinco), bem como menor consumo de fibras. Por isso, sempre procure um profissional de saúde para te orientar a respeito.
4. Quem tem síndrome do intestino irritável pode ter uma maior sensibilidade não celíaca ao glúten.
Se você respondeu que a afirmação é verdadeira, acertou. A sensibilidade não celíaca ao glúten, segundo o estudo da Universidade do Chile, é uma síndrome caracterizada por sintomas intestinais relacionados à ingestão de alimentos que contêm glúten em pessoas que não são afetadas pela doença celíaca. Segundo eles, a frequência dessa sensibilidade pode aumentar em até 30% em pacientes avaliados com síndrome do intestino irritável.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referências bibliográficas:
Cruchet S. et al. Truths, Myths and Needs of Special Diets: Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder, Autism, Non-Celiac Gluten Sensitivity, and Vegetarianism. Universidade do Chile, Annals of Nutrition e Metabolism, 2016.
Pantaleão L. et al. Declaração de Posicionamento da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição sobre Dieta sem Glúten. Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, 2013.