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Quais são as principais alterações do microbioma intestinal observadas nas doenças inflamatórias intestinais?

Colite ulcerativa e doença de Crohn são doenças inflamatórias intestinais (DII) que caracterizam-se por ciclos de inflamação e fases de remissão, que normalmente são associadas à quadros de disbiose intestinal. No entanto, a relação de causa e efeito entre microbiota e DII ainda não está bem estabelecida.

A microbiota parece desempenhar um papel fundamental na patofisiologia das DII. A inflamação crônica promove a disbiose ao alterar o ambiente oxidativo e metabólico do intestino. Indivíduos com DII, quando comparados a indivíduos saudáveis, apresentam em seu microbioma quantidades aumentadas bactérias do filo Proteobacteria, como Enterobacteriaceae e redução bactérias benéficas como Prevotella copri, Bifidobacterium, Lactobacillus e Faecalibacterium prausnitzii. Especificamente na doença de Crohn, estudos em in vitro e em animais sugerem haver um aumento de E. coli e Mycobacterium avium subsp. Paratuberculose, espécies envolvidas na patofisiologia da doença.

O sequenciamento genético do microbioma intestinal pela técnica 16S rRNApode ajudar a identificar as mudanças microbianas e, assim, favorecer o manejo da disbiose nas DII, sobretudo como forma de minimizar os efeitos da inflamação em fases de remissão.

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