Concentrações elevadas de bactérias do gênero Prevotella, o que pode estar associado à maior ingestão de carboidratos, potencializa processos inflamatórios, sendo essa bactéria uma das mais associadas ao desenvolvimento da artrite reumatoide e espondilite. O quadro de psoríase, por sua vez, pode estar relacionado à diminuição das concentrações de Akkemansia e Ruminococcus.
Considerando o impacto da microbiota no desenvolvimento e progressão das doenças reumatológicas, terapias direcionadas às bactérias intestinais fazem parte da estratégia antirreumática há muitas décadas, como o uso de antibióticos ou mesmo o transplante fecal. O tratamento da disbiose com produtos probióticos seria uma alternativa, mas ainda poucos estudos comprovam esse efeito. Evidências mais robustas existem acerca da utilização de produtos com propriedades imunomoduladoras (polissacarídeos, proteínas e ácidos graxos de cadeia curta) e ômega-3 como opção de tratamento e prevenção dessas doenças.
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