Cuidar da alimentação reduz o risco do câncer de próstata

Postado em 20 de novembro de 2019 | Autor: Maurício Verotti

O câncer de próstata é uma doença de grande prevalência na população, e estima-se que 1 a cada 6 homens poderá ser acometido por ela em algum momento da vida. Esse tipo de câncer é mais predominante no mundo ocidental, com uma maior incidência e gravidade potencial em homens negros e obesos, e tendo uma menor incidência em orientais.

Isso se deve, em parte, a fatores genéticos, mas também a hábitos de vida e alimentação, já que ocorre um aumento da doença quando populações orientais migram para o ocidente, adquirindo os costumes locais.

Como outros tipos de câncer, optar por um estilo de vida com alimentação saudável pode ajudar a exercer um papel importante na redução do risco.

Evidências apontam que diminuir o consumo de gordura animal, com exceção do óleo de peixe, bem como controlar o peso, são atitudes que atuam na redução do risco da doença por vias que incluem a diminuição de radicais livres, de hormônios e de substâncias cancerígenas.

Há linhas de pesquisa, inclusive, que utilizam as chamadas estatinas, que são medicações usadas no controle do colesterol e com potencial papel preventivo no câncer de próstata.

Alimentação x câncer de próstata: o que precisa mudar na dieta

A carne vermelha, em especial a processada (como frios e embutidos), é relacionada com a maior ocorrência de vários tumores, entre eles o de próstata, devendo ser restringida em seu consumo. Especialmente quando bem cozidos, esses alimentos liberam substâncias que podem danificar as células, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os laticínios, especialmente aqueles com alto teor de gordura, também jogam contra. Leite integral, queijos gordurosos, manteiga e outros derivados não devem sem consumidos em excesso e, sempre que possível, devem ser substituídos por leite de arroz, soja, coco ou amêndoas.

E como podemos manter ingestão proteica adequada, evitando os alimentos citados? Temos boas opções nas aves sem pele, peixes (especialmente de águas profundas como salmão, atum, sardinha), além de feijão, lentilha, grão-de-bico e castanhas.

Novos hábitos para adotar

O álcool e o tabaco são agentes tóxicos para as células e historicamente têm sido associados a vários tipos de doenças. Homens que ingerem mais de 20 doses de bebida alcoólica por semana têm risco duas vezes maior de ter o diagnóstico de câncer de próstata avançado, quando comparados a outras pessoas.

Então, o que devemos comer para diminuirmos o risco de câncer de próstata? Evidências apontam que dietas baseadas em vegetais e frutas, com altos teores de licopeno (substância presente no tomate, especialmente após cozimento, na melancia e na goiaba vermelha), carotenoides (presentes na cenoura, batata doce, laranja) e vegetais crucíferos (brócolis, repolho e couve-flor), por possuírem propriedades antioxidantes e citoprotetoras, reduzem o risco de tumor de próstata e até mesmo a progressão de doença estabelecida.

Além disso, ter uma alimentação equilibrada, seguindo as recomendações citadas, também ajuda a combater uma condição associada ao câncer de próstata: a obesidade. Homens obesos possuem maior risco e piores desfechos não somente em relação a esta doença, mas também em relação a doenças cardiovasculares, que são a primeira causa global de mortalidade.

Por fim, a atividade física também é importante, pois potencializa a adoção de hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis e deve sempre ser incentivada.

Veja também: Qual a alimentação adequada para o paciente com câncer de próstata?

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