Os brasileiros ganharam mais peso durante a pandemia

Postado em 29 de setembro de 2021 | Autor: Colunistas Convidados

Ana Cristina Viana Martins

Ana Cristina Viana Martins é nutricionista*

Estudos comprovam que a pandemia trouxe várias consequências para a vida dos brasileiros, e uma delas foi o ganho de peso. A ansiedade, o medo da doença e a restrição social contribuíram para tal estatística.

Um estudo realizado em 30 países colocou os brasileiros à frente do ranking dentre os que acham que ganharam peso durante a pandemia.  Outro estudo realizado no país descreveu as mudanças no estilo de vida quanto aos hábitos alimentares, prática de atividade física e comportamento sedentário, entre outros.

Novos hábitos

  • No Brasil, 52% declararam ter aumentado de peso desde o início da disseminação da Covid-19. Na média global, dentre as pessoas que engordaram, o aumento de peso médio foi de 6,1 kg.
  • Nos adultos jovens (18 a 29 anos), a frequência de consumo de alimentos não saudáveis aumentou em maior proporção: de 54,2% no período pré-pandêmico para 63%.

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Sedentarismo

  • Entre os brasileiros, 29% relataram diminuição na prática de atividade física durante a pandemia.
  • A prática de atividade física nos adultos também apresentou mudanças devido à pandemia no Brasil. Passou de 30,1% para apenas 12% ao longo do isolamento social.

Consumo de bebida alcoólica e tabaco

  • No Brasil, 14% afirmaram estar bebendo mais. Em relação ao tabaco, mais pessoas deixaram de fumar: enquanto 3% largaram o cigarro, 2% adquiriram o hábito de fumar.
  • No estudo realizado no Brasil, 17,6% da população adulta aderiram ao consumo de bebida alcoólica. Sobre o tabagismo, 34% dos fumantes relataram ter aumentado o consumo de cigarros durante a pandemia.

Ambos os estudos apontaram para mudanças de comportamentos de risco à saúde. Uma delas foi a substituição de alimentos saudáveis por alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e calorias, além de conservantes e sal, resultando em prejuízos para a saúde.

Por fim, o resultado das pesquisas é preocupante e pode resultar em danos à saúde, como alterações no peso corporal e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, tais como pressão alta e doenças do coração.

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*Ana Cristina Viana Martins é nutricionista. Pós-graduada em Nutrição Clínica com especialização em Pediatria, é também especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela Braspen.

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