Mais do que dietas, o comer intuitivo é a chave para emagrecer. Aprenda a reconhecer as reais necessidades do seu corpo
Mais do que dietas, o comer intuitivo pode ser o grande segredo para quem deseja emagrecer. Essa abordagem da nutrição define que a gente confie no nosso corpo e nos nossos próprios sinais de fome e saciedade para definir o que iremos ingerir, em qual quantidade e quando. Mas, apesar de parecer uma tarefa simples, nem sempre esse reconhecimento é fácil, e é por isso que contamos com a Escala da Fome para nos ajudar.
O que é a Escala da Fome?
A Escala da Fome é um gráfico que define, em números de 1 a 10, o grau da nossa fome e saciedade. Por meio dele, devemos refletir sobre nossa fome antes de cada refeição e, depois de comer, avaliar nossa saciedade. Tudo isso para recuperarmos nossos próprios sentidos para comer adequadamente. Veja como ela é dividida:
“Essa ferramenta tem como objetivo estimular que o paciente reflita. Ele está honrando a fome? Ou seja, está comendo até sentir-se plenamente saciado? E a satisfação? O que ele come é o que ele realmente gostaria de comer, ou a sua escolha se baseia em calorias, por exemplo? A partir dessas respostas, convidamos o paciente a refletir sobre o porquê deste comportamento”, explica a nutricionista Isabela Loyola.
“Durante o processo, o paciente será capaz de comer quando aparecem os sinais físicos de fome, como desatenção, barriga vazia e perda de energia.”
Ainda de acordo com Isabela, a Escala da Fome nos ajuda a reconquistar autonomia alimentar e a confiar no nosso próprio corpo. Por exemplo, para reconhecer saciedade, ela sugere fazer pausas durante as refeições. “Saciedade é quando o corpo fala que a fome já foi atendida, envolve a sensação de conforto. Estar cheio é diferente, pois envolve um desconforto causado por ter comido além da saciedade”, esclarece.
Por ajudar nesse reconhecimento, a Escala da Fome também é bastante útil durante o acompanhamento nutricional com um profissional, para identificar as reais necessidades daquela pessoa e determinar o tratamento. “Em alguns casos é nítido que o paciente não percebe os sinais físicos de fome chegar, seja por ter desenvolvido uma ‘mentalidade de dieta’, ou por desatenção”, aponta Isabela. “Comer intuitivamente nos dá a liberdade de comer o quanto precisamos e queremos naquele dia e naquele momento, sem culpa. Não somos seres com necessidades idênticas todos os dias”, finaliza.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Fonte
Isabela Loyola, nutricionista, com residência em Prevenção e Terapêutica Cardiovascular pelo InCor-FMUSP, pós-graduada em Nutrição Esportiva e mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina.