Nos contos de fadas, muitas princesas acabam caindo em maldições do sono profundo, e apenas um beijo do amor verdadeiro é capaz acordá-las. Essas longas horas de sono serviram de pretexto para a criação de uma dieta um tanto quanto perigosa: a dieta da Bela Adormecida.
Ao ingerir sedativos ou remédios que induzem ao sono profundo, de cerca de 20 horas, a pessoa que pratica esse tipo de dieta acredita que irá emagrecer, já que não consome alimentos nesse período. Mas não é bem assim que tudo funciona.
A seguir, mostramos o que é mito e o que é verdade acerca dessa perigosa dieta:
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4 mitos e verdades sobre a dieta da Bela Adormecida
Dormir para não comer? Entenda por que essa lógica não funciona para emagrecer.
A dieta da Bela Adormecida não compromete a saúde
Mito. Segundo a nutricionista Roberta Lara, a dieta da Bela Adormecida pode trazer prejuízos significativos à saúde, tanto física, como mental. “Além da restrição calórica totalmente inadequada, uma vez que as pessoas ficam mais de 20 horas sem comer, a prática pode comprometer a homeostase corporal e o metabolismo como um todo por conta da escassez de nutrientes essenciais e de energia”, esclarece.
Remédios para dormir não trazem efeitos colaterais
Mito. Um estudo da Universidade de Washington mostrou um vínculo preocupante entre comprimidos para dormir e o surgimento de demência. A relação foi apontada em pacientes que tomavam cerca de um desses comprimidos por dia durante dez anos. O problema é que os remédios podem bloquear um receptor do cérebro.
Esse tipo de dieta pode fazer mal aos rins
Verdade. Roberta salienta que, além de ocasionar o aumento do risco de desequilíbrios funcionais, a dieta pode ser o ponto inicial para o desenvolvimento de um transtorno alimentar sério e perigoso. “E também o uso de sedativos excessivo aumenta a chance de overdose e prejudica o funcionamento do fígado e dos rins”, exemplifica.
A dieta da Bela Adormecida pode levar à depressão
Verdade. Um outro ponto essencial, e que deve ser relatado, segundo a nutricionista, é quanto ao estilo de vida da pessoa. “Com horas excessivas na cama, é provável que se reduza a quantidade de tempo disponível para a sua vida social e pessoal, condição que leva a transtornos depressivos”, reitera.
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Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.