Até os seis meses de vida, a criança deve alimentar-se exclusivamente de leite materno ou, se necessário, fórmula infantil, de acordo com a indicação médica. Porém, depois dessa idade, ela já está pronta para experimentar outras coisas. A chamada introdução alimentar do bebê deve ser composta por quantidades pequenas, mas adequadas, de alimentos variados para fornecer a energia e os nutrientes necessários para atender às suas necessidades básicas diárias.
Segundo um estudo publicado pelo Food Science, Technology and Nutrition for Babies and Children, a nutrição adequada durante toda a infância é vital. Isso porque esse estágio da vida é caracterizado por muitas mudanças físicas, mentais e comportamentais, como crescimento rápido, ganho de peso, desenvolvimento de habilidades cognitivas e psicomotoras e mudança nas preferências alimentares.
Mas o que oferecer ao pequeno que está descobrindo novos sabores? Para ajudar nessa tarefa, confira as recomendações do Ministério da Saúde a seguir:
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Alimentos para a introdução alimentar do bebê
Veja o que você pode oferecer ao seu filho.
Arroz integral
Cereais como o arroz, além da aveia, centeio, milho, entre outros, podem ser uma opção saudável de consumo sólido dos pequenos. Esses alimentos são fontes de carboidratos, nutriente que dá energia para a criança brincar, crescer e se desenvolver. Também têm fibras, minerais e vitaminas, especialmente os cereais integrais. Só tome cuidado com a pipoca, pois o milho usado é duro e a casca pode causar sufocamento.
Feijão
As leguminosas como feijões, ervilha, lentilha e grão-de-bico são excelentes fontes de proteínas, fibras, ferro, zinco e vitaminas do complexo B. Segundo o Ministério da Saúde, todos os tipos podem ser dados às crianças a partir dos 6 meses. Vale salientar que algumas crianças podem ter gases com feijão, mas isso não é motivo para deixar de oferecê-lo. Para melhorar, recomenda-se deixar o feijão de molho por 8 a 12 horas antes de cozinhar.
Batata
Os tubérculos e raízes como batatas, mandioca, mandioquinha, cará e inhame também são fontes de carboidratos como os cereais, tendo um pouco de fibras, algumas vitaminas e minerais. Para as crianças, podem ser oferecidos em forma de purê ou até usados no preparo de massas caseiras.
Verduras
Os legumes e verduras são fontes de várias vitaminas, especialmente vitaminas A e C, minerais como ferro e cálcio e também são fontes de fibra, capazes de ajudar na prevenção da obesidade e outras doenças como a anemia, diabetes e doenças do coração. Após a higienização deles, não há contraindicações para as crianças, mas fique atento com a consistência para facilitar a mastigação dos bebês. Você pode ralar cenoura, beterraba, entre outros legumes no começo e, conforme a criança for crescendo, ir oferecendo tirinhas desses alimentos.
Frutas
Todas as frutas podem ser oferecidas às crianças, e podem ser raspadas, amassadas com um garfo e, conforme a criança for crescendo, cortadas em pedaços maiores. Tome cuidado apenas com sementes e caroços. Frutas como acerola e uva podem conter sementes escondidas e que causam engasgo, por isso, prefira frutas amassadas como maçã e banana no começo da transição alimentar.
Ovos e carnes
Ricos em proteína, gordura, ferro, zinco e vitamina B12, esses alimentos podem ser oferecidos para as crianças pequenas com alguns cuidados. Eles precisam estar bem cozidos, nunca malpassados ou crus. Corte em pedaços bem pequenos para que a criança não engasgue. No caso de aves, tome cuidado com ossos e cartilagens, e nos peixes, lembre-se de tirar todas as espinhas.
Leites e derivados
A recomendação do Ministério da Saúde é, até os dois anos de idade, priorizar o leite materno na alimentação, não sendo necessário oferecer leite de vaca ou de outros animais ou fórmulas infantis para crianças que são amamentadas. Mas é possível, ainda assim, oferecer leite de outros animais depois dos seis meses, além de coalhadas, iogurtes naturais sem açúcar e queijos, que são ricos em proteína, gordura, cálcio e vitamina A.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.