O que você precisa observar no rótulo antes de comprar um produto

Postado em 20 de junho de 2019 | Autor: Redação Nutritotal

Ingredientes que devem ser evitados como sal e açúcar podem estar na sua comida favorita com outros nomes

Quando você vai comprar um carro, uma casa ou fazer qualquer tipo de negócio, você lê atentamente o contrato, certo? Afinal de contas, ninguém quer ser enganado ou prejudicado. Com a sua alimentação não deveria ser diferente. Saber como ler rótulos de alimentos industrializados é essencial para entender o que estamos ingerindo.

Por normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os fabricantes são obrigados a listar todos os ingredientes usados na fabricação de um determinado alimento. O problema é que muitas vezes existem nomes estranhos e letras tão pequeninas que podem dificultar o entendimento dessa leitura.

Além de nomes como gorduras trans e proteínas, há ingredientes que sequer sabemos como chamam. Por isso, a nutricionista Iara Waitzberg recomenda a seguir alguns cuidados na hora de ler os rótulos e embalagens.

Mulher no supermercado lendo rótulo de alimento

Precisamos saber o que estamos consumindo para não afetarmos nossa saúde | Imagem: Shutterstock

Aprenda como ler rótulos dos alimentos (e entender)

Atenção aos nomes diferentes

O açúcar pode estar disfarçado com outros nomes, como xarope, glucose, açúcar invertido, maltodextrina.

A mesma coisa acontece com o sal, que pode ser chamado de sua forma química “sódio” na forma de glutamato de sódio, ciclamato de sódio, entre outros.

Isso é um ponto fraco de muitos alimentos industrializados, pois acabam tendo muito açúcar ou muito sal em sua composição, dois alimentos que não são bem-vindos em excesso na nossa dieta.

Corantes e conservantes

Alimentos industrializados são práticos (já estão prontos para comer) e duram bastante tempo. Mas a desvantagem é que, para ter essas características, o produto muitas vezes pode conter elementos nocivos à nossa saúde, como os já citados açúcar e sal, além de inúmeros conservantes, corantes e aromatizantes artificiais.

Alguns nomes de corantes comuns em rótulos incluem o amarelo crepúsculo que pode ser encontrado em salgadinhos, a tartrazina presente em sucos em pó, o azul brilhante FCF em balas e pirulitos azuis, o bodeaux S ou amaranto em maçãs do amor e cerejas em calda, a eritrosina em sorvetes de morango e o caramelo IV em refrigerantes de cola.

Já os conservantes costumam ser caracterizados como ácidos de maneira geral, como o ácido sórbico, o ácido propiônico e o ácido acético.

De olho na porção

A maioria dos alimentos mostra os valores nutricionais (calorias, gorduras, carboidratos, proteínas, gorduras etc.) por porção. O tamanho da porção é muito importante. Vejamos um salgadinho de batata, por exemplo: a porção considerada na tabela é de 25 g e contém apenas 137 calorias, mas isto se refere a apenas 1/4 do pacote.

Leia a lista de ingredientes

É importante salientar que nem todos os produtos industrializados são ruins. Existem marcas que se preocupam em usar ingredientes de qualidade, mas para saber se isso acontece com o produto que você escolheu é preciso ler o rótulo. “A dica que dou sempre aos meus pacientes é gastar um tempo para ler os ingredientes de cada produto, antes de comprar por impulso”, enfatiza Iara Waitzberg. E, lembre-se, eles aparecem listados na ordem em que mais aparecem no produto, do mais usado ao menos usado.  O ideal é evitar o consumo em excesso de produtos com uma extensa lista de ingredientes e que apresentem açúcar, sal e farinha branca como os primeiros ingredientes da lista.

 

Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

Referências bibliográficas:

Iara Waitzberg, nutricionista e membro do Comitê Científico Nutritotal.

Rotulagem Nutricional Obrigatória. Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária Gerência Geral de Alimentos, 2005.

Guthrie J. Who uses nutrition labeling, and what effects does label use have on diet quality? Jornal of Nutrition Education, 2012.

Luciana O. Corantes alimentícios. Unirio, 2014.

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