A pré-eclâmpsia é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo. Caracterizada pelo aumento da pressão arterial em gestantes, ela pode gerar problemas na saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Apesar de poder ser notada por meio de inchaços e edemas, existem casos em que a doença é silenciosa, sem apresentar sintomas aparentes. Por isso, é importante realizar consultas e fazer exames periódicos para saber se está tudo certo com a saúde durante a gravidez.
Além disso, existem fatores capazes de prevenir a doença, como por exemplo, seguir uma alimentação equilibrada no dia a dia. Veja a seguir as dicas da nutricionista Luciana da Costa para evitar a pré-eclâmpsia por meio da nutrição:
Conteúdo
6 dicas de alimentação para reduzir o risco de pré-eclâmpsia
Leve em conta a dieta mediterrânea
Estudos demonstram que uma dieta no estilo mediterrâneo pode diminuir as chances de desenvolvimento de pré-eclâmpsia. Por isso, prefira alimentos ricos em fibras ou que sejam integrais como cereais, leguminosas, hortaliças e frutas, de preferência com casca ou bagaço, no lugar de sucos.
Varie nas hortaliças para evitar a pré-eclâmpsia
Procure aumentar o consumo de verduras e legumes que podem ser incorporados à alimentação de diversas maneiras: em saladas cruas, em preparações quentes (cozidos, refogados, assados, gratinados, empanados, ensopados), em sopas e, em alguns casos, recheados ou na forma de purês, bolinhos, omeletes e tortas. Sempre que conseguir, inicie as refeições por esses alimentos para que eles possam já satisfazer boa parte da sua fome e, assim, o consumo de outros que podem elevar sua pressão será menor.
Evite a carne vermelha
Procure limitar o consumo de carne vermelha (cerca de 300g a 500g / semana), retire a gordura aparente da proteína e dê preferência a aves sem pele, carnes sempre grelhadas, assadas ou ensopadas, procurando substituir as frituras por pratos assados ou cozidos.
Peixes são aliados, contanto que assados
O consumo de peixes na gestação é recomendado por conta dos ácidos graxos ômega-3 provenientes desses alimentos, essenciais para o desenvolvimento do cérebro fetal e visão em bebês prematuros, bem como melhor saúde cardiovascular durante a vida. Devem ser priorizados peixes com alto teor de ácidos graxos ômega-3, como sardinha e salmão, e preparos com menos gordura adicionada, como assados. Já o consumo de pescados crus durante a gestação não é recomendado pelo alto risco de intoxicação.
Tome cuidado com o sal
É importante limitar o consumo de alimentos ricos em sódio durante a gestação, uma vez que eles podem aumentar o edema da pré-eclâmpsia. Por isso, evite o consumo de alimentos ultraprocessados como sopas em pó, temperos e caldos em tabletes, hambúrguer e embutidos, macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos/bolachas, doces e guloseimas.
Prepare as refeições com pouca ou nenhuma adição de sal e realce o sabor dos alimentos, utilizando como temperos habituais alho, cebola, cheiro verde, limão, vinagre e outras ervas aromáticas. Evite molhos industrializados: ketchup, mostarda, maionese, molho inglês, molho shoyu e molhos prontos para salada.
Veja também: formas de substituir o sal no dia a dia
Atenção aos laticínios
Consuma alimentos lácteos com baixo teor de gordura e adicione sementes e oleaginosas no seu dia a dia (sementes de abóbora, gergelim, nozes, castanhas). Os vegetais verde-escuro são uma ótima fonte de cálcio para a alimentação.
E apesar de controversa, a suplementação de cálcio pode reduzir o risco de distúrbios hipertensivos maternos, incluindo pré-eclâmpsia, morbidade materna e parto prematuro. Caso necessária, deve ser acompanhada pelo nutricionista.
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referência bibliográfica:
*Luciana da Costa é graduada em Nutrição pela Universidade Bandeirante (UNIBAN). Possui especialização em Distúrbios Metabólicos e Risco Cardiovascular pelo Centro de Extensão Universitária (CEU) e Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Conta com pós-graduação em Hotelaria Hospitalar pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e tem MBA em Gestão de Saúde do Centro Universitário São Camilo.
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