Saião para diabetes tipo 2? O poder das plantas medicinais para tratar essa e outras doenças

Postado em 30 de maio de 2019 | Autor: Redação Nutritotal

A fitoterapia pode ajudar no controle da glicemia no sangue

O Brasil possui uma enorme diversidade de plantas consideradas medicinais. Por meio da fitoterapia, o uso de algumas delas está sendo bastante estudado pela ciência, como o ginseng e o saião para tratar o diabetes.

Antes de tudo, é preciso lembrar que o diabetes mellitus é caracterizado pela hiperglicemia (ou seja, o aumento da glicose no sangue). Não existe cura para a doença e o tratamento tem como objetivo evitar as complicações crônicas no corpo todo decorrentes da enfermidade, como alterações renais, cardiovasculares e oculares.

Segundo um estudo divulgado pela revista brasileira Uningá, as plantas medicinais têm surgido como alternativa de tratamento para a população de baixa renda em países subdesenvolvidos. Por isso, a eficácia delas têm sido avaliadas pelos cientistas para saber seus reais efeitos.

Vale ressaltar que para fazer uso dos benefícios dessas plantas, como o saião para diabetes tipo 2, é preciso consultar um profissional de saúde especializado em fitoterapia. Ele irá indicar a melhor receita para o seu caso.

Para saber mais sobre o poder das plantas no tratamento do diabetes, separamos algumas das principais delas a seguir.

Folhas de saião

O saião vem sendo apontado como benéfico para auxiliar no tratamento do diabetes | Imagem: Shutterstock

Fitoterapia no tratamento de diabetes

Saião

Um estudo divulgado pelo International Journal of Research in Ayurveda and Pharmacy discutiu que o extrato da folha do saião (Kalanchoe pinnata) poderia contribuir para redução da glicose no sangue, dos triglicérides e colesterol.

Melão-de-são-caetano

O consumo do pó do fruto (Momordica cymbalaria) foi observado em camundongos diabéticos durante 15 dias, e descobriu-se que essa medida pode ajudar na atividade hipoglicêmica do organismo, ou seja, ajudaria a baixar os níveis de glicose no sangue. O suco da polpa apresentou resultados similares.

Bilimbi

Usada com frequência pelos povos asiáticos, a planta Averrhoa bilimbi apresentou resultados que indicariam seu poder de ajudar na redução da glicose plasmática em ratos diabéticos alimentados com extratos do fruto e das folhas.

Romã

Essa fruta é bastante usada no Oriente Médio e na Índia, mas também é conhecida pelos brasileiros. A Punica granatum contém um extrato em suas raízes que pode auxiliar na ação hipoglicemiante em animais (faz baixar os níveis de glicose no sangue), além de facilitar a tolerância oral à glicose em camundongos.

Ginseng

O Ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata) pode conter poderes afrodisíacos e antidiabéticos. Durante um estudo, pacientes diabéticos do tipo 2 apresentaram uma possível menor glicemia de jejum, após 8 semanas de tratamento com essa planta. Já o ginseng americano (Panax quinquefolius) reduziu a elevação da glicemia em pacientes diabéticos e não diabéticos sugerindo, portanto, o efeito hipoglicêmico da planta.

É importante alertar que muitos dos estudos foram feitos apenas em animais. Ainda é preciso aguardar resultados comprovados em humanos antes da indicação segura para uso terapêutico dessas plantas, como o saião para diabetes. Também é imprescindível destacar que não se deve fazer uso da planta sem consulta profissional, ainda mais quando já se utilizam-se medicações para controle da doença (antidiabéticos orais e insulina). As plantas com ação de redução da glicemia podem junto com a utilização dos fármacos causar uma hipoglicemia.

 

Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

Referências bibliográficas:

Lorena G, Ushirobira T. Plantas medicinais no tratamento do Diabetes Mellitus. Revista Uningá, 2017.

Aejazuddin, Dr Quazi Majaz & U Tatiya, A & Khurshid, Molvi & Nazim, Sayyed & Siraj, Shaikh. The miracle plant (Kalanchoe pinnata): A phytochemical and pharmacological review. International Journal of Research in Ayurveda and Pharmacy. 2, 2011.

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