Anteriormente, falamos sobre Obesidade e Cirurgia Bariátrica e sobre as possíveis causas da obesidade e das comorbidades, como identificá-las e como iniciar a busca por ajuda para iniciar o tratamento.
No Brasil em 2018, foi constatado que essa doença crônica (obesidade) aumentou 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8%. Hoje, no país, 20,7% das mulheres têm obesidade e 18,7% dos homens também têm.
Há uma pressão social muito grande sobre o público feminino, com cobrança às mulheres obesas, enquanto homens nas mesmas condições são mais bem aceitos. As pressões levam uma procura por soluções rápidas e não muito eficazes para a perda de peso.
Uso de medicamentos para controlar o apetite são uma dessas soluções que, às vezes, podem trazer efeitos colaterais graves, e outras vezes, podem trazer efeitos refratários, ou seja, aqueles em que o paciente não responde ao tratamento medicamentoso.
A maioria do público atendido em consultório e que são candidatos a cirurgia bariátrica são, em torno de 75%, mulheres. Elas obtiveram ganho de peso ou grau de obesidade mais grave após a gestação ou durante esse período. Algumas sofrem de depressão ou transtorno de ansiedade ao longo dos anos e até vindas desde a adolescência.
Mas quem está apto para fazer cirurgia bariátrica?
De acordo com a SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), em relação a cirurgia bariátrica, estão aptos pacientes com:
- IMC acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades;
- IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades;
- IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.
A idade também é um fator a ser analisado:
- Pacientes entre 18 e 65 anos não têm restrição.
- Acima de 65 anos, o paciente deverá passar por uma avaliação individual.
- Em pacientes com menos de 16 anos, o Consenso Bariátrico recomenda que a operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.
Tipos de cirurgia bariátrica
Existem diferentes tipos de cirurgia bariátrica atualmente, dentre elas, é possível citar:
- Restritivas: são procedimentos que diminuem a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de receber, restringem a quantidade e induzem a sensação de saciedade precoce.
- Disabsortivas: são cirurgias que teoricamente alteram pouco o tamanho e a capacidade do estômago em receber alimentos. Alteram drasticamente a absorção dos alimentos a nível de intestino delgado, conhecidas como cirurgias de ByPass intestinal ou cirurgias de desvio intestinal. O bypass gástrico, por exemplo, é uma cirurgia que grampeia parte do estômago, o que evita grande ingestão de alimentos e também aumenta o nível de hormônios que dão sensação de saciedade e diminuem a fome da pessoa. Esta técnica é a mais realizada no Brasil e corresponde a 75% das cirurgias feitas no país.
- Sleeve: gastrectomia vertical que ganhou popularidade, pois possui desfecho metabólico favorável, perda ponderal adequada e menores distúrbios nutricionais quando comparada ao bypass gástrico. Sua principal desvantagem é o aumento da incidência de refluxo gastroesofágico. Perda de peso estimada em 50% do excesso de peso.
- Balão Gastresofágico: técnica temporária e minimamente invasiva. Dispositivo implantado no lúmen do estômago para diminuir seu espaço após 1 ano e meio. Perda de peso estimada em 15% a 20% do peso inicial.
Nós, do Ganep Consultório, estamos à disposição para te ajudar e esclarecer tudo sobre Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Venha nos conhecer e agende sua consulta!
*Suzy Nassif é nutricionista do Ganep Consultório e membro COESAS da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica E Metabólica (SBCBM). É especialista em obesidade e cirurgia bariátrica e metabólica, autora das receitas do livro – Cirurgia Bariátrica: Um tratamento para todos, a cirurgia de cada um. (EDITORA SENAC).