Bons hábitos à mesa são grandes aliados da saúde
Apesar de a vacinação da Covid-19 ter começado em todo o Brasil, ainda há um longo caminho para que toda a população possa ter a chance de receber as doses. Enquanto isso, muita gente tenta recorrer a outros meios para se proteger do contágio, inclusive por meio da alimentação. Mas será que consumir determinados alimentos pode mesmo reduzir as chances de ficar doente?
Bom, para responder a essa pergunta, primeiro vale o lembrete de que ainda não existe nenhuma comprovação científica de que alimentos possam curar ou evitar a Covid-19. Por isso, quando falamos em proteger o organismo contra doenças virais por meio da alimentação, o que os nutricionistas e nutrólogos recomendam é reforçar os hábitos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.
E quais são eles? Nós listamos a seguir, confira:
Reforço imune
Algumas dietas, como a cetogênica, podem reforçar o sistema imunológico. Porém, não necessariamente seguir a dieta irá evitar o contágio do vírus. O mesmo vale para a ingestão de alimentos como cogumelos, ginseng e alho. Lembre-se: eles podem reforçar o sistema imunológico, mas não há comprovação relacionada diretamente na luta contra a Covid.
E quanto aos suplementos?
Vitaminas como a C e a D, além de minerais como o zinco foram amplamente estudados em sua relação com o combate à Covid-19. E por conta dessa fama, muita gente passou a suplementá-los no dia a dia. Mas, segundo a ciência, os suplementos falham em mostrar quaisquer efeitos protetores relacionados ao combate do vírus. O que se sabe, mais uma vez, é que há evidências limitadas de que a vitamina C ou pequenas doses de vitamina D podem ajudar a prevenir as infecções mais agudas do trato respiratório, reduzir a duração dos sintomas do resfriado comum e reforçar o sistema imunológico. Vale lembrar que a suplementação vitamínica requer orientação profissional, então, antes de comprar inúmeros suplementos de vitamina, faça uma consulta e veja se há a real necessidade de suplementação.
Esqueça os gargarejos
Fazer gargarejos com vinagre, suco de limão ou água morna com sal frequentemente durante o dia não possui comprovação científica de que é uma atitude capaz de limpar a faringe e evitar que o vírus alcance os pulmões. Ao contrário, algumas práticas caseiras podem ser desidratantes e ter exatamente o efeito oposto.
Probióticos em pauta
Por fim, outro ponto bastante discutido em relação à alimentação são os probióticos na alimentação diária. Apesar de não surtirem um efeito protetor contra o vírus, eles podem moldar a microbiota intestinal, que, por sua vez, é capaz de determinar respostas à vacina.
E nunca é demais reforçar: uma alimentação equilibrada é uma grande aliada da saúde, mas entre as ações ao nosso alcance para reduzir a chance de contágio do novo coronavírus destacam-se o uso correto de máscaras, a higienização constante das mãos e evitar aglomerações. Cuide-se!
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referência bibliográfica:
Marwan E. et al. Let food be the medicine, but not for coronavirus: Nutrition and food science,telling myths from facts. Journal of Population Therapeutics& Clinical Pharmacology, 2020.